Ele é reserva num clube da segunda divisão da Inglaterra e foi submetido a uma cirurgia na mão esquerda há dois meses. Mesmo assim, o goleiro Júlio César permanece prestigiado na seleção.
Sem jogar uma partida oficial há quatro meses, o carioca começa a treinar nesta terça em Miami para participar dos dois últimos amistosos da equipe nacional neste ano --diante de Honduras, no sábado, e contra o Chile, no dia 19.
Apesar da confiança da comissão técnica, o goleiro de 34 anos não descarta a possibilidade de voltar a atuar no Brasil no início do ano para conseguir se manter em atividade até a Copa do Mundo. O Palmeiras, o São Paulo e o Vasco já mostraram interesse no atleta.
"Vou estudar todas as possibilidades. Não descarto nada", afirmou o jogador, que acumula 114 convocações e 76 partidas disputadas com a camisa da seleção. O único clube que defendeu no Brasil foi o Flamengo, de 1997 até 2004. Depois foi para o futebol italiano, onde defendeu o Chievo e foi campeão mundial com a Inter de Milão.
Mais velho do grupo, Júlio César não esconde o desconforto com a reserva no Queens Park Rangers.
"As coisas estão ficando mais fáceis [para deixar o clube]. O presidente está vendo agora que o treinador não me aproveita nos jogos", disse Júlio César, que colocou um parafuso na mão esquerda após a fratura sofrida em setembro.
"Queria agradecer publicamente o apoio que o Scolari está me dando neste período. É algo formidável o que ele está fazendo. Ficar sem jogar é complicado, mas me sinto muito bem agora", afirmou o ex-flamenguista.
No sábado, o goleiro ficará no banco contra Honduras. Scolari já havia adiantado que Victor, do Atlético-MG, seria testado no amistoso em Miami.
Ele pretende definir o substituto imediato de Júlio César. Nos amistosos do mês passado, Jéfferson e Diego Cavalieri foram testados.
Folhapress