A Seleção Brasileira de Futebol Feminino foi eliminada, em duelo nesta 4ª feira (2.ago.23), na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023™, contra a Jamaica.
O jogo acabou em 0 a 0 e isso derrubou o time brasileiro no quadro de pontos da competição. O Brasil não era desclassificado nesta fase desde 1995. Naquele ano, a agora treinadora Pia Sundhage ainda era jogadora.
França e Jamaica avançam no primeiro e segundo lugar, respectivamente, e vão enfrentar duas formadas do Grupo H que serão definidas nesta quinta-feira; a disputa está entre Colômbia, Alemanha e Marrocos. Foto: Copa do Mundo Feminina 2023 no FIFA+Enquanto Brasil lamenta sua derrota, a equipe caribenha fez história em sua segunda edição da Copa. Após ser eliminada na primeira fase sem pontuar em 2019, a Jamaica segue viva em 2023 depois de arrancar pontos preciosos com empates diante de França e Brasil e uma vitória sobre o Panamá. Tudo isso com um único gol na primeira fase. França e Jamaica avançam no primeiro e segundo lugar, respectivamente, e vão enfrentar duas formadas do Grupo H que serão definidas na 5ª feira (3.ago.23); a disputa está entre Colômbia, Alemanha e Marrocos.
Na outra partida do Grupo F, a França goleou o Panamá por 6 a 3, acabando com a última chance do Brasil avançar — uma vitória panamenha classificaria a Seleção na segunda colocação.
A PARTIDA
Marta foi titular pela primeira vez nesta edição, mas o ataque não funcionou. Foto: Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023™Pelo caráter decisivo da partida, inclusive no fator psicológico, a técnica Pia Sundhage escalou a seleção com Marta como titular no ataque. A camisa 10 começou bastante ativa na partida, buscando o jogo. Os primeiros minutos foram de amplo domínio terrotiral do Brasil, jogando com linhas altas e pressionando a saída de bola do time jamaicano, o que acelerava a recuperação da posse.
Apesar da derrota, a seleção feminina do Brasil se mostrou muito consciente da pressão e da importância desta partida.
Fim de jogo. A Seleção se despede da Copa do Mundo Feminina após empate em 0x0 com a Jamaica. Foto: Thais Magalhães/CBFTitular pela primeira vez nesta Copa do Mundo, Marta chamou a Seleção Brasileira para o ataque e finalizou já aos quatro minutos do primeiro tempo. Rebecca Spencer fez a defesa com tranquilidade, mas já com o conduzido de que precisava ficar atento à jogadora eleita seis vezes melhor do mundo (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018). O lado ruim da pressão, porém, é que a equipe do Brasil esteve afobada em campo e errando passa por muito tempo.
Seleção brasileira iniciou o campeonato com ótima atuação, entretanto, não avançou para as oitavas de final. Foto: Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023™Além disso, as brasileiras investiram demais nas bolas aéreas para a área com um ataque que não era alto: Debinha e Marta eram as opções no primeiro tempo e ambas são conhecidas pelo controle de bola, não pela estatura. Não foi por acaso que a melhor oportunidade do Brasil no primeiro tempo foi fruto de boa troca de passes. Aos 38 minutos, a bola foi de pé em pé chegar em Ary Borges até que deu um toque curto pelo alto para Tamires chutar. O lance segurou a torcida mesmo com a defesa de Rebecca Spencer em dois tempos. A entrada de Bia Zaneratto no segundo tempo tornou o futebol da Seleção mais favorável para jogadas aéreas. Mas cada minuto dos 45 finais permitiu o tempo de Pia Sundhage mais nervoso e menos criativo.
Desenhou-se um final com contornos dramáticos. No último lance do jogo, o Brasil teve escanteio e levou todo o mundo para a área, inclusive a goleira Letícia, a Lelê. Um bate e rebate com a bola deu esperanças à torcida, mas a última finalização, de Debinha de cabeça, parou de novo nas luvas de Rebecca Spencer.











