O médico ginecologista, Salvador Walter Lopes de Arruda, de 69 anos, passou a ser considerado foragido da Justiça sul-mato-grossense nesta 2ª.feira (17.abr.23). Arruda atuou por 40 anos na Capital, local onde chegou ao posto de diretor do Hospital Regional (HR).
A Delegacia da Mulher de Campo Grande (Deam), divulgou cartazes com rosto do médico, acusado de importunação sexual e estupro. Ele tem mandado aberto de prisão, em sentença condenatória, expedido em 21 de outubro de 2022. Eis o cartaz:

Salvador responde a 4 processos de crimes sexuais no exercício do trabalho, mas todos estão em segredo de Justiça, por isso, não é possível confirmar de qual dos casos partiu a sentença condenatória.
MÉDICO ATIVO
Salvador Arruda, continua registrado como profissional da Medicina, sem qualquer impedimento de exercer a atividade.
Em 1º de março de 2023 o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), publicou um ato de Censura Pública a salvador no Diário Oficial. A íntegra.
Depois, o CRM de São Paulo, a pedido do Conselho de MS, aplicou penalidade de censura pública ao médico, dois anos após os crimes.
Essa é uma punição aos médicos com efeitos subjetivos, pois tem o poder de afetar a imagem, mas não impedir a atuação.
Como os procedimentos são sigilosos, não há informações disponíveis, ainda, sobre outras sindicâncias no Conselho Regional de Medicina, que eventualmente possam provocar a punição mais severa existente, a cassação do registro.
AS ACUSAÇÕES
O médico foi destaque na mídia sul-mato-grossense, em agosto de 2020, quando uma professora de 28 o denunciou por assédio sexual durante uma consulta. Na época, a denunciante, disse que o médico disse à ela que praticava sexo anal e contou aventuras sexuais pessoais durante consulta.
Em 2015, o médico foi acusado de comportamento parecido com outra paciente e acabou sendo inocentado porque a denunciante não compareceu às audiências. Sobre os casos, ele negou tudo e disse que está sendo acusado de algo que não existe. À vítima de 2015, Salvador teria dito durante consulta: “Você deveria trepar, f...você é muito gostosa”, narrou na 4ª Delegacia de Polícia, nas Moreninhas, onde o caso foi registrado.
Num outro depoimento de paciente do acusado à Deam, a vítima contou que disse ao médico que estava com a menstruação atrasada, quando ouviu: "reza para você não estar grávida, porque você está gorda, vai ficar feia, horrorosa, vai ter diabete, hipertensão e você só volta aqui quando emagrecer".
Em 29-08-2020 o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra Salvador pelo crime de Violação sexual mediante fraude. O caso tramitou na 5ª Vara da Capital. Eis a íntegra.
Conforme apurado pelo MS Notícias, Salvador também foi alvo da justiça em ação judicial por danos morais movidos pela enfermeira Clodomira Vicente Francelino Garcia. Em 26/09/2019 ela moveu esta ação (a íntegra), revelando que foi agredida verbalmente pelo médico com ofensas de baixo calão ao solicitar que o médico fizesse uso de máscara. Os advogados relataram no processo, que Salvador disse à efermeira as seguintes ofensas: "vai tomar no cú" e que "só usaria a máscara pelo fato de outro médico o pedir, que não obedeceria umaraça ou classe inferior", além de se referir à autora como "animal" para a chefe de enfermaria.
Além desses, mais 8 processos contra o médico, podem ser vizualizados na busca por nome no portal da Justiça de MS. Eis as citações.











