Cinco integrantes de um grupo de tortura foram presos pela Polícia Civil em Rochedo (MS). Os policiais suspeitam que eles mataram Jair Antunes, de 45 anos. A informação é do Campo Grande News.
De acordo com apurado, os criminosos praticavam tortura para cobrar usuários de drogas.
A polícia disse que uma das vítimas foi baleada no rosto e o papagaio do qual era tutor foi assassinado pelo bando, numa casa no município a 80 quilômetros da Capital sul-mato-grossense.
Ainda de acordo com os investigadores, um suspeito chamado Josué Caíres Gomes, de 37 anos, procurou a Polícia Militar de Sidrolândia (MS) em junho desse ano e confessou envolvimento no assassinato de Jair. Ele disse que corpo de Jair foi desovado no lixão de Rochedo.
Relato de um dos suspeitos: O assassinato aconteceu em 2018. Sidival asfixiou Jair com um golpe de 'mata-leão' e a vítima esmureceu. A agressões contaram com a ajuda de Anisio Ribeiro Rescala, de 39 anos, que teria segurado Jair para Sidival agredi-lo. Com a vítima desmaida, o grupo levou o corpo até uma parte alta do lixão, lá Sidival ainda a atingiu com uma barra de ferro na região da nuca. Em seguida, Sidival ordenou que Josué 'terminasse de matar' o ameaçando, com isso, Josué disse que desferiu duas facadas no peito de Jair. Em seguida, o trio descartou o corpo, cobriu com uma lona, jogou ossos de animais por cima e soterrou.
Com essas informações, foi instaurada a investigação e seguem as buscas pelos restos mortais de Jair. Nesta 4ª feira (22.ago.23), o delegado Roberto Duarte Faria explicou que as buscas pelo cadáver ainda continuam.
Pá carregadeira fazendo buscas no lixão de Rochedo, onde corpo estaria enterrado (Foto: Divulgação | PCMS) INVESTIGAÇÃO LEVOU A GRUPO DE TORTURA
Conforme a polícia, as investigações levaram a Sidival Ribeiro da Silva, de 30 anos, que seria o líder do grupo que torturava usuários de drogas para cobrar dívidas.
Algumas vítimas disseram à polícia, que Sidival espancava não só pelas dívidas, mas para cooptar eles a praticar crimes sob ordens.
O delegado Roberto Faria disse que Sidival montou uma rede de criminosos que trabalhavam para ele por medo. Uma das espancadas chegou a ser jogada no Rio Aquidauana, mas acabou sendo socorrida.
A reportagem do Campo Grande News disse que falou com um auxiliar de serviços gerais, de 27 anos. Ele foi espancado pelo grupo e a família do agredido acabou denunciando o caso. Diante disso, o auxiliar de serviços gerais acabou sendo pressionado a desmentir a versão da família e inventar que caiu de moto. O agredido se negou a fazer isso, então Sidival foi até a casa da vítima com outros quatro comparsas e efetuou alguns disparos contra ele que correu para dentro de casa, mas acabou sendo atingido por sete tiros de 9 milímetros, um deles no rosto. Em seguida, Sidival matou um papagaio que estava sob a tutoria do auxiliar de serviços gerais. O homem sobreviveu ao ataque e ficou uma semana internado na Santa Casa de Campo Grande em recuperação dos ferimentos de tiro.
Após diversas denúncias semelhantes, o delegado rochedense pediu a prisão preventiva de cinco suspeitos:
- 1. Sidival, que seria o líder do grupo;
- 2. Kelvini Deniz Almeida, o “Kevin”, de 26 anos;
- 3. Jefferson dos Santos, “Neguinho da Loira”, de 23 anos;
- 4. Heller Natan Pereira Silva, de 19 anos; e
- 5. Otaviano Caetano Camargo da Silva, o “Nego da Lata”, de 20 anos.
A operação para a prisão do grupo ocorreu numa ação conjunta da equipe Civil e Militar de Corguinho e Rochedo. Os suspeitos foram presos em Rochedo e em Sidrolândia. O primeiro, foi preso há cerca de 15 dias e os outros quatro na sequência.
O delegado de Rochedo disse que com o líder do bando foi apreendida uma pistola 9 milímetros, registrada, mas ele não teria o porte da arma. Eles são suspeitos de ainda de dois homicídios e foram indiciados por duas tentativas de homicídio e tortura. Inclusive já foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
Fonte: Campo Grande News











