Conhecido como “Diabo Loiro”, o fazendeiro e influenciador digital Eduardo Magrini foi preso na manhã desta 5ª feira (30.OUT.25) durante a Operação Off White, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação foi deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com as polícias Civil e Militar.
Magrini, que já foi condenado por tráfico de drogas e outros crimes como homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos, é apontado como integrante de alto escalão da facção criminosa. Ele teria atuado diretamente nos atentados contra a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em 2006, período marcado por ataques coordenados do PCC em todo o Estado de São Paulo.
Apesar do histórico, Eduardo vivia atualmente como produtor rural e influenciador digital, com mais de 100 mil seguidores. Nas redes sociais, ostentava uma vida de luxo, com carros importados, viagens, relógios caros e amizades com celebridades. Ele se apresentava como empresário do agronegócio e frequentava rodeios e eventos sociais.
De acordo com o Ministério Público, a prisão de Magrini faz parte de uma ofensiva contra uma rede que movimentava altos valores por meio de empresas de fachada e agiotas, com envolvimento de empresários, traficantes e influenciadores. O grupo estaria ligado a dois dos traficantes mais procurados do país: Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”.
Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto com a polícia. Um suspeito morreu e um policial militar foi baleado e levado ao Hospital de Clínicas da Unicamp.
A operação cumpre nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, além do bloqueio de 12 imóveis de luxo e valores em contas bancárias. As ações se concentram em condomínios de alto padrão em Campinas (SP), como Alphaville e Swiss Park, além de cidades como Mogi Guaçu e Artur Nogueira.











