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Narcotraficante 'Tio Rico' é transferido para a Segurança Máxima no Paraguai

Acusado de ser um importante fornecedor de cocaína para a Europa e de operar na região fronteiriça com MS

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O narcotraficante Miguel Ángel Insfrán Galeano, conhecido como “Tio Rico”, foi transferido na 3ª.feira (27.ago.24) para o presídio de segurança máxima de Minga Guazú, localizado a 250 km da fronteira com o Mato Grosso do Sul. A transferência foi realizada sob rigoroso esquema de segurança e em total sigilo.

“Tio Rico”, preso em fevereiro do ano passado em um apartamento de luxo na praia do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, é acusado de ser um importante fornecedor de cocaína para a Europa e de operar na região fronteiriça com MS. Ele é também suspeito de envolvimento no assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci, ocorrido em maio de 2022 na Colômbia.

O promotor Marcelo Pecci, um dos coordenadores da força-tarefa contra o crime organizado no Paraguai, foi morto durante sua lua de mel em Cartagena das Índias. Pecci liderou a Operação Ultranza PY, que desmantelou a organização liderada por “Tio Rico”.

Em maio deste ano, Miguel Galeano foi formalmente acusado pelo Ministério Público do Paraguai de narcotráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. A denúncia, assinada pelo promotor Deny Yoon Pak, inclui 712 páginas de evidências, 17 perícias de equipamentos eletrônicos, 1.600 documentos e depoimentos de 90 testemunhas. Ele é considerado um dos principais operadores no esquema de tráfico de cocaína do Paraguai para a Europa, em parceria com o uruguaio Sebastián Marset, que ainda está foragido.

Após sua extradição do Brasil, Miguel Galeano estava detido no presídio militar Viñas Cué, em Asunción. Ontem, por ordem da juíza Rosarito Montanía, ele foi transferido para Minga Guazú, um presídio com capacidade para 1.237 presos e regime especial de segurança. No novo presídio, os internos ficam 22 horas trancados e têm duas horas diárias para atividades ao ar livre.

Victor Manuel Benítez, vice-ministro de Política Criminal do Ministério da Justiça do Paraguai, afirmou que a transferência foi cuidadosamente planejada para minimizar o risco de resgate. Recentemente, 40 membros de facções criminosas foram levados para a mesma unidade de segurança máxima.