A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta 4ª feira (9.abril.25), a Operação Jogada Marcada para desarticular uma organização criminosa suspeita de manipular resultados de partidas de futebol e eventos esportivos, com o objetivo de lucrar ilegalmente em plataformas de apostas.

Coordenada pelo Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), a operação cumpriu 16 medidas judiciais em seis estados: Goiás, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Espírito Santo. Foram realizadas seis prisões temporárias e nove mandados de busca e apreensão. Um dos alvos da operação continua foragido.

A investigação teve início após denúncia do presidente de um clube que participa do Campeonato Goiano. Ele relatou ter recebido propostas suspeitas de um intermediário ligado ao grupo criminoso.

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha era organizada em três núcleos: financiadores, que aportavam os recursos; intermediários, responsáveis por aliciar jogadores e dirigentes; e executores, que incluíam atletas, treinadores, dirigentes e até árbitros.

Entre os investigados estão ex-jogadores, ex-técnicos, um ex-presidente de clube no Ceará e um árbitro em atuação na Paraíba. Um dos membros da quadrilha movimentou mais de R$ 11 milhões, segundo a polícia, o que evidencia a alta capacidade financeira do esquema.

A operação continua em andamento, e os materiais apreendidos serão analisados para aprofundar as investigações.