20 de abril de 2024
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Estudo aponta que compartilhar colírio pode aumentar o risco de contaminação por vírus ou bactérias

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Um Levantamento realizado este ano com 814 pessoas de 25 a 65 anos pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, mostra que 35% dos participantes compartilham colírio.  O especialista afirma que colírio é igual á escova de dente, pessoal e intransferível. Isso porque, cada pessoa tem uma flora bacteriana na superfície do olho. Durante a instilação, frequentemente o bico dosador toca o olho. Resultado: repartir o medicamento com um amigo ou familiar desencadeia contaminação cruzada.

O oftalmologista comenta que o calor intensifica o problema por causa do aumento das doenças oculares externas. As principais são:

Tratamentos

Queiroz Neto afirma que cada uma dessas doenças possui um tratamento diferente, embora  a conjuntivite viral, a alérgica, o olho seco evaporativo e a ceratite fúngica ou viral tenham os mesmos sintomas: coceira, ardência, olhos vermelhos, aversão à luz, visão borrada e secreção aquosa.

"As lentes de contato deve ser evitadas durante os tratamentos", ressalta. Outra dica é usar óculos escuros para  aliviar o desconforto.

Aplicar compressas frias feitas com gaze embebida em água filtrada alivia os sintomas, mas se não desaparecerem em dois dias, a recomendação é consultar um oftalmologista.

O especialista diz que para conjuntivite viral geralmente é indicado antiinflamatório com corticóide. Este tipo de colírio, explica.   só pode ser instilado com supervisão médica. Isso porque,  o uso prolongado pode causar catarata e glaucoma. Já a interrupção brusca piora a doença e pode causa sequelas na visão.

No  tratamento da conjuntivite alérgica pode ser prescrito colírio anti-histamínico ou corticóide, dependendo da gravidade de cada caso, pondera.

A ceratite exige sempre acompanhamento médico e o tratamento varia de acordo com a causa; colírio  antiviral quando causada por vírus e antifúngico quando é provocada por fungo.  Para olho seco evaporativo, além do uso de lágrima artificial, o médico recomenda alimentação rica em vitaminas A e E, além da suplementação com ômega 3 que pode ser feita com cápsulas de semente de linhaça.

"O sintoma que difere a conjuntivite e a ceratite bacteriana é a secreção purulenta", afirma. Nos dois casos o tratamento requer colírio antibiótico.