28 de março de 2024
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Cultura

Frida Kahlo

"Uma vida de superações e sofrimentos que refletidos em sua obra a tornaram uma das maiores pintoras do século"

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 Frida nasceu em Cayoacán, no México, em 1907, e teve uma vida cheia de obstáculos. Nesta quinta-feira, 6, a ativista estaria completando 110 anos de vida.

Com apenas seis anos, Frida contraiu poliomielite, a primeira de muitas doenças que enfrentou ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão em seu pé direito e foi por isso que ela ganhou o apelido “Frida-Perna-De-Pau”. A partir daí, ela passou a usar apenas calças e, mais para frente, saias longas e exóticas, que até hoje são uma das principais marcas da artista.

Em 1929, quando Frida se casou com o também artista plástico Diego Rivera, ela decidiu mudar de última hora o seu vestido de noiva. Ela trocou a típica roupa branca rendada por uma peça simples, emprestada pela empregada de seus pais.

Para ela, a moda era uma linguagem e ela escolhia cada peça de forma planejada e acrescentava seu toque pessoal a elas. Entre tantas misturas, seu estilo preferido era o típico mexicano, chamado Tehuantepec .

Frida gostava de usar os cabelos presos com tranças, fitas coloridas e flores naturais. Aliás, as flores eram uma de suas maiores paixões! Uma vez, ela disse: “pinto flores, assim elas não morrem”. 

Aos 18 anos, Frida sofreu um acidente de carro. Ela teve uma ruptura na coluna vertebral, na clavícula e ainda fraturas na pélvis, na perna direita e nos ombros. O acidente foi tão grave que uma lesão no útero a impediu de ser mãe. Foram, no total, 35 operações. Mas ela nunca desistiu nem deixou de ser menos forte por isso, mesmo quando teve sua perna direita amputada, em 1950.

A paixão pela arte esteve presente da vida da Frida desde pequenininha por influencia de seu pai. Contudo, antes de se dedicar somente a isso, ela estudou para ser médica. Mas não queria ser médica e seu pai lhe deu total apoio para ser artista. Frida era poliglota, falava espanhol, inglês, francês e um pouco de alemão e russo.

CURIOSIDADES
De todas as suas 143 pinturas, mais de 50 são autorretratos. Esse estilo tornou-se sua marca registrada, já que ela usava a técnica para expor seu estado físico e mental. Em seus quadros, ela usou muitos enfeites de altar, lembrando tradições do folclore mexicano.

Podemos dizer que a vida da Frida foi bem agitada. Além de tudo isso que já falamos, ela quebrou vários tabus em sua época. Ela era bissexual, ativista política, comunista, transgressora e não ligava para nenhum padrão. Foi filiada ao Partido Comunista Mexicano e participou da luta de trabalhadores mexicanos. Não à toa, hoje ela é um símbolo do feminismo!

Em 1954, Magdalena Carmen Frida Kahlo e Calderon foi encontrada morta dentro de sua casa. Tinha 47 anos. Em seu atestado de óbito, a causa da morte é embolia pulmonar, mas, até hoje, não se descarta a hipótese de que ela tenha morrido de overdose – já que fazia uso de diversos medicamentos. Ela deixou um recado em seu diário dizendo: “Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais!”. Esse caderno secreto, que continha várias anotações, virou um livro.

Em 2015, o Instituto Tomie Ohtake abriu as portas para o público conferir uma exposição sobre a pintora e ativista mexicana, chamada Frida Kahlo: Conexões Entre Mulheres Surrealistas no México.