26 de abril de 2024
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Colheita do milho safrinha garante novo recorde de produtividade no Estado

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Mato Grosso do Sul atingiu na safra 2014/15 o recorde de produção, de 9 milhões de toneladas, e produtividade de 88 sacas por hectares, garantindo ao Estado uma Super Safra. Os dados são do levantamento feito pelo Siga/MS - Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, ferramenta de monitoramento da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS, nesta sexta-feira (04).

De acordo com os números, na primeira quinzena de março, início da semeadura do safrinha no Estado, a entidade estimava produzir 8,3 milhões de toneladas do grão, número que foi superado em 8,4%. Durante a colheita da cultura, técnicos da Aprosoja/MS percorreram mais de 1,5 mil hectares, área que corresponde a 92% do total destinado ao milho safrinha, que nesta safra cresceu 5% e marca 1,7 mil hectares. Cerca de 30% do grão foi plantado depois do dia 10 de março, ou seja, fora da janela ideal para que as lavouras não sintam os efeitos das geadas no Estado.

Com informações da Aprosoja MS, a produtividade, se comparada com o ciclo anterior, quando foram registradas 85 sacas por hectare, o crescimento foi de 3,5%. Entre os municípios com maior média ponderada, cálculo que considera o plantio feito fora e dentro do período de Zoneamento Agroclimático, em primeiro lugar aparece São Gabriel do Oeste (103,7 sacas por hectare), Costa Rica (100,6 sacas), Alcinópolis (100,5 sacas) e Amambai (95,1 sacas).
“Trabalhávamos com a permanência da produção de grãos da safra anterior com possibilidade de alcançar 8,5 milhões de toneladas, mas acreditávamos no potencial para o ciclo e o clima ficou do nosso lado, ajudando tanto no plantio, com chuvas regradas, quanto a colheita, com a estiagem”, lembrou o presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto.

Além do clima outro fator pode ter contribuído para a Super Safra, é o Sistema de Plantio Direto. O método consiste em manter na superfície a palha e os demais restos vegetais de outras culturas, o que garante cobertura e proteção do solo. Cerca de 85% das lavouras visitadas utilizam este tipo de manejo. A técnica aumenta a retenção de água no solo, enriquece a terra com material orgânico, que são características que influenciam diretamente no desenvolvimento do vegetal, além de diminuir custos de produção.

“O Siga se aperfeiçoa e consolida a cada safra, como fonte de pesquisa de dados e informações empíricas, servindo de base para estudos realizados por instituições diversas, confirmando a qualidade do projeto, respaldando a sua renovação a cada ano”, complementa Bortolotto.