O pintor Bruno da Rocha, preso por matar o major do Exército Brasileiro e professor Paulo Settervall, em Bonito, a 300 quilômetros de Campo Grande, vai a júri popular. A juíza Adriana Lampert o pronunciou pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e meio que dificultou a defesa da vítima, e o manteve preso. A data do julgamento não foi definida.
Consta nos autos do processo que o crime ocorreu no dia 14 de abril, por volta das 21h50, em frente a um hotel. Na ocasião, a vítima, que morava em Campo Grande, estava com a esposa a passeio em Bonito. Paulo fumava na frente do estabelecimento em que estava hospedado, quando o autor passou de bicicleta e pediu um cigarro, mas não foi atendido.
Logo em seguida, já sem bicicleta, Bruno voltou e abordou a vítima por trás. Quando Paulo virou-se para verificar de quem se tratava, foi esfaqueado no tórax. Diante dos fatos, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia, considerando o motivo do crime e as circunstâncias que foi cometido. A denúncia foi recebida pela justiça.
“A materialidade está provada e não há nos autos elementos que autorizem uma sentença de impronúncia ou de absolvição sumária.Inexistem elementos que possibilitem, de plano, admitir-se a existência de uma circunstância que exclua o crime ou a culpabilidade do acusado, bem como de causas justificativas que o isentem de pena”, afirmou a juíza na decisão.