01 de maio de 2024
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"REI DA FRONTEIRA"

Avião de Fahd segue guardado, por enquanto, após Justiça de MS manter sua prisão

Há duas noites preso, Fhad Jamil está numa das celas comuns da Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestos (Garras)

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O empresário Fahd Jamil, de 80 anos, se entregou à Justiça de Mato Grosso do Sul na última segunda (19. abril) ele era a procurado há quase um ano, acusado de diversos crimes, entre eles de liderar o tráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai, ocasião em que ganhou a alcunha de “Rei da Fronteira”.

Doente, o empresário decidiu se entregar para assim obter tratamento, porém, ele contava que pudesse cumprir pena em Casa. Mas a Justiça sul-mato-grossense o negou. 

A reportagem esteve no momento da chegada de Fahd, que desembarcou no Aeroporto auxiliar de Santa Maria em Campo Grande. Ele foi superprotegido da imprensa para não ser fotografado.

Por enquanto os planos de Fahd de ter uma velhice longe das grades ainda não deram certo.

Ontem, Fahd passou por audiência de custódia, no formato on-line, onde, além da prisão, o magistrado também determinou a realização de perícia médica.

Há duas noites preso, Fhad Jamil segue numa das celas comuns da Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestos (Garras), em Campo Grande.

Segundo o advogado Gustavo Badaró, devido às condições de saúde do empresário, que tem apenas um pulmão, foi autorizado que a defesa levasse um colchão e remédios para ele, um aparelho de oxigenoterapia e alimentação especial, que deve ser solicitado para que seja permanente.

ACUSAÇÕES

 Fhad Jamil e seu filho, Flávio Correia Jamil Georges, são acusados pelo Ministério Público Estadual (MP-MS) de integrarem organização criminosa que atuava em Ponta Porã e tinha parceria com o grupo criminoso que seria comandado pelos também empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, em Campo Grande.

A ligação entre as duas organizações foi apontada nas investigações da 3ª fase da operação Omertà. De acordo com denúncia apresentada em julho de 2020 e aceita pela Justiça, havia uma grande proximidade entre as duas supostas organizações criminosas.