23 de abril de 2024
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CORONAVÍRUS

Das seis mortes por Covid-19 em MS, cinco são mulheres

Dos 79 municípios de MS, 21 tem casos de coronavírus

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O boletim epidemológio, divulgado hoje, 4ªfeira (22.abril) pela Secretaria de Estado de Saúde pública, traz um dado alarmante para o sexo feminino, dos 6 óbitos registrados em Mato Grosso do Sul, 5 são pessoas do sexo feminino, com  a média de idade de 65 anos. Três das vítimas tinham diabetes, uma tinha câncer e a 5ª contraiu pneumonia. Duas teve contato com infectados, outras duas não foi identificado como contraíram o vírus e a 5ª viajou para São Paulo, onde contraiu a doença.  

Nessa 4ªfeira dois casos de infectados com Covid-19, foram registrados no Estado, um no município de Bataguassu, uma mulher de 41 anos e outro em Campo Grande, um homem de 72 anos, o homem está ainda sem identificação de como foi infectado, já a mulher, teve contato com um infectado. 

Mato Grosso do Sul vai a 175 casos da doença. Outros 27 estão em investigação. Dos 79 municípios, 21 já tem casos de registros do vírus.  

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 1.284 notificações de casos suspeitos do coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 1.061 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19 e 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde.

Os 27 casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Lacen/MS, onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e Coronavírus. O Lacen/MS realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24h a 72 horas, após o recebimento das amostras.

A Secretaria de Estado de Saúde pública o boletim epidemiológico referente às notificações de casos suspeitos de coronavírus (Covid-19) diariamente. As informações divulgadas pela Secretaria são os dados oficiais consolidados do Estado que são repassados ao Ministério da Saúde.

BOLETIM 

ONU MULHERES 

Em meio à pandemia da Covid-19, pandemia da violência contra as mulheres e meninas age nas sombras e nos silêncios
Foto: Edwin J. Torres for the New Jersey Governor’s Office

São homens que morrem mais, de 60% a 80% vitimados pela Covid-19, segundo vários estudos conduzidos em torno da donça, desde o seu surgimento.

No entanto, são as mulheres que são mais afetadas pelo vírus. É o que revela o relatório "Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19", divulgado no final de março pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento.

Em resumo, segundo o estudo, a pandemia afeta mais as mulheres porque:

70% dos trabalhadores de saúde em todo o mundo são mulheres, fato que as expõe a um maior risco de infecção pelo novo coronavírus;

Com o isolamento, os índices de violência doméstica e feminicídio têm aumentado no mundo – como as mulheres estão confinadas com seus agressores e distantes do ciclo social, riscos para elas são cada vez mais elevados;

Entre os idosos, há mais mulheres vivendo sozinhas e com baixos rendimentos;

A ONU Mulheres estima que, dentre a população feminina mundial, as trabalhadoras do setor de saúde, as domésticas e as trabalhadoras do setor informal são as mais afetadas pelos efeitos da pandemia de coronavírus.

Mulheres também são maioria em vários setores de empregos informais, como trabalhadores domésticos e cuidadores de idosos;

Com a pandemia, mulheres têm de se dividir entre diversas atividades, como as seguintes: emprego fora de casa, trabalhos domésticos, assistência à infância (cuidado com filhos), educação escolar em casa (já que as escolas estão fechadas) e assistência a idosos da família

Antes da Covid-19, mulheres desempenhavam três vezes mais trabalhos não remunerados do que os homens; com o isolamento, a estimativa é que este número triplique;

Mulheres não estão na esfera de poder de decisão na pandemia: elas são apenas 25% dos parlamentares em todo o mundo e menos de 10% dos chefes de Estado ou de Governo;

E, no setor têxtil, um dos mais afetados da indústria em todo mundo e paralisado por causa do trabalho temporário de lojas, as mulheres são três quartos dos trabalhadores no mundo.

"A mulheres constituem cerca de dois terços da força de trabalho em saúde em todo o mundo e, embora estejam globalmente sub-representadas entre médicos, dentistas e farmacêuticos, representam cerca de 85% das enfermeiras e parteiras", diz o relatório "Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19", da ONU Mulheres.