07 de maio de 2024
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OPERAÇÃO HARPÓCRATES

PF cumpre 15 mandados contra empresários na Capital e em Chapadão do Sul

A ação conjunta investiga esquemas de contrabando e descaminho de mercadorias, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

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A Polícia Federal cumpre 15 mandados de busca e apreensão e prisão hoje (26. maio). Um dos alvos estava num apartamento no Condomínio Castelo de Luxemburgo, na Avenida Senador Antônio Mendes Canale, no Bairro Pioneiros, em Campo Grande. Trata-se de um empresário do ramo de importados. Ele é acusado de contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro.

Segundo apurado pela reportagem, os policiais chegaram às 6h na edificação, vistoriaram um imóvel e saíram às 7h30 levando o homem e fizeram vistoria em um Ford Fiest, que também foi apreendido.   

A Polícia Federal diz que as prisões compreendem a segunda fase da Operação Harpócrates, deflagrada em 2017. Nesta operação foi preso naquele ano  Marcel Colombo, de 31 anos, morador do bairro Carandá Bosque  e conhecido por dar festas regadas a bebidas, ele ficou conhecido como "playboy do carandá".  

Outro empresário que vende importados foi preso numa casa no bairro Jóquei Club, em Campo Grande. A Land Rover do empresário foi apreendida, assim como, vários documentos e computadores.

Foram cumpridos 1 mandado de prisão e 14 de busca e apreensão. A PF diz que o esquema era mantido por meio do uso de empresas fantasmas que savam aparência de legalidade aos comércios. Os pagamentos aos fornecedores, no Paraguai, eram feitos através de doleiros. Além dos mandados foram sequestrados dois imóveis, três veículos e contas bancárias de quatro investigados.

Participam das ações oito auditores-fiscais e 12 analistas-tributários da Receita Federal e mais de 62 policiais federais.

O nome da operação faz referência à mitologia grega, na qual Harpócrates representa o Deus do silêncio e do segredo, contrastando com a ostentação apresentada por alguns investigados.

Na primeira fase, a operação investigava esquema que descobriu suposto descaminho e lavagem de dinheiro. Eram realizadas vendas de produtos eletrônicos como notebook e smartphones na loja de um hotel e também roupas de grife, importadas sem o pagamento de impostos. Os produtos eram vendidos nas lojas dos investigados.

No entanto, o preso naquela ocasião foi inocentado das acusações.

O Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, Clóvis Ribeiro Cintra Neto, Delegado da RFB em Campo Grande, participará da coletiva na Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, às 10 horas, situada na Rua Fernando Luiz Fernandes, Nº 322 - Vila Sobrinho - CEP 79110-500 – Campo Grande/MS.