24 de abril de 2024
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Saúde antecipa atendimento e consultórios móveis voltam percorrer assentamentos

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A Secretaria Municipal de Saúde decidiu antecipar de segunda-feira para hoje a retomada do atendimento médico-odontológico na zona rural de Sidrolândia prestado nos consultórios adaptados em dois ônibus. O serviço estava suspenso desde o final de dezembro para a manutenção completa dos veículos que em 2013 não tiveram a revisão anual (sempre realizada em janeiro) por causa  da eleição suplementar.

Segundo a secretária de Saúde, Leila Couto, as duas unidades móveis retomaram os atendimentos, uma na região do  Assentamento Santa Terezinha e outra, no Jibóia, onde permanecerão 15 dias oferecendo consultas médicos, tratamento odontológico, encaminhando exames, oferecendo vacinas  e todos os procedimentos de enfermagem, além das visitas domiciliares dos agentes de saúde.

A falta de medicamento foi resolvida e os ônibus foram abastecidos com os itens da farmácia básica. Os pacientes encaminhados para atendimento com médicos especialistas não precisam se deslocar até a cidade para agendar  a consulta no CEM (Centro de Especialidades Médicas). Se quiserem, as enfermeiras podem trazer o pedido do clínico geral e elas próprias fazem o agendamento.

A falta deste atendimento dos consultórios móveis foi um dos itens da pauta de reivindicação apresentada por lideranças dos assentamentos da região do João Batista, Che Guevara Nazaré que nesta quarta-feira por mais de 4 horas se reuniram com o prefeito Ari Basso e secretários municipais.

Estas famílias moram a mais de 100 quilômetros da área urbana e o posto de saúde mais próximo fica na metade do caminho, na sede do Assentamento Eldorado. Ano passado, como o ônibus não passou por manutenção e tinha problemas mecânicos, ficou  fixo no Capão Seco num ponto que exigia de algumas famílias com lotes mais distantes, se deslocassem de 15 a 20 quilômetros para receber o atendimento.

É o caso da  Assentada Núbia Rolon, do Alambari Fetagri, núcleo que reúne 153 famílias. “Meu lote fica a 16 quilômetros do Capão Seco, como não tenho carro, é complicado percorrer toda esta distância a pé”, comenta. Até 2012, a cada cinco meses o ônibus  permanecia 15 dias estacionado em um núcleo diferente.

A secretária Leila Couto confirma  a retomada desta modalidade de atendimento e para isto até sexta-feira define o roteiro e itinerário das unidades móveis. Mesmo  permanecendo em pontos fixos, ano passado, foram mais de 21 mil procedimentos efetivados nos dois consultórios móveis, incluindo atendimento médico, odontológico, serviço de enfermagem.

Na unidade 1, foram 11.211 procedimentos, além de 8.763 visitas domiciliares dos agentes de saúde. Na unidade 2, 10.257 procedimentos e 6.701 visitas domiciliares dos agentes.

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