06 de outubro de 2024
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JARAGUARI

Rompimento de barragem em condomínio de luxo no MS causa destruição e interdição na BR-163

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul iniciou investigações sobre o rompimento da barragem

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Uma barragem de um lago particular localizado no condomínio de luxo Nasa Park, entre Campo Grande e Jaraguari, rompeu na manhã desta 3ª feira (20.ago.24), gerando uma enxurrada que causou graves danos na região. A força das águas atingiu parte da BR-163, principal rodovia do estado, destruiu casas e deixou um cenário de devastação.

A concessionária CCR MSVia, responsável pela BR-163, informou que o rompimento da barragem afetou seriamente a estrutura da rodovia no km 500, onde o guard rail e a tubulação de escoamento de águas pluviais foram danificados. A rodovia foi completamente interditada nos dois sentidos durante a manhã, sendo parcialmente liberada no início da tarde em sistema de "pare e siga". Como alternativa, os motoristas estão sendo orientados a utilizar a MS-010, um desvio que aumenta o trajeto em cerca de 40 a 50 quilômetros.

Polícia e Defesa Civil atuam na área

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul iniciou investigações sobre o rompimento da barragem. A ocorrência foi registrada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) e uma perícia foi realizada no local, mas o caso será investigado em Jaraguari, onde ocorreu o incidente.

Informações preliminares apontam que a represa Nasa Park não tinha a licença ambiental atualizada, segundo o Corpo de Bombeiros. A área está sendo inspecionada para verificar questões de segurança e identificar possíveis irregularidades.

Apesar da magnitude do rompimento, a concessionária Águas Guariroba esclareceu que o incidente não comprometerá o abastecimento de água em Campo Grande, pois a captação é feita em córregos distintos e poços profundos, que não foram afetados pela enxurrada.

Relatos indicam que a represa era de propriedade privada e não fazia parte do condomínio de luxo Nasa Park, embora seu uso fosse alugado aos moradores. Uma placa no local destacava que a represa não pertencia ao condomínio e que o uso estava condicionado ao pagamento de uma taxa mensal.

O proprietário da represa, cuja identidade não foi revelada, cobrava R$ 400 por mês pelo uso do lago, onde o pagamento garantisse a utilização do espaço para lazer. Agora, o proprietário poderá enfrentar consequências legais por conta do rompimento, que levou à destruição de pontes, casas e parte da BR-163.