18 de abril de 2024
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'Coação'

Delegado vai ouvir esposa e psiquiatra de médico encontrado morto

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O delegado Edmilson José Holler responsável por investigar o motivo que teria levado um médico de 31 anos a cometer suicídio na sexta-feira (22), vai ouvir ainda esta semana a esposa e a médica psiquiatra que atendia o médico.

Edmilson disse ao MS Notícias que a polícia não tem dúvidas que o médico Francis Giovanni Celestino de 31 anos cometeu suicídio, porém vai investigar supostas denúncias que ele teria feito sobre e coação e sobrecarga em seu ambiente de trabalho. O delegado pretende ouvir aproximadamente dez pessoas, e as primeiras que deverão comparecer na delegacia serão a esposa e a médica psiquiatra que atendia o médico, pois segundo informações ele fazia uso de medicamentos para depressão.

Foi publicado na edição desta terça-feira (26) do Diário Oficial de Campo Grande, nomes dos integrantes que vão compor Sindicância que será realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para investigar denúncias acerca de suposta coação dos profissionais da saúde que estariam sendo obrigados a trabalhar em jornada extra.

A denúncia surgiu depois do médico, Francis Francis Giovanni Celestino, 31, ter sido encontrado morto na manhã de sexta-feira (22) dentro de um veículo BMW próximo a Sidrolândia - distante 70 quilômetros de Campo Grande. 

O médico registrou boletim de ocorrência, dez dias antes de morrer, denunciando que era obrigado a trabalhar durante os horários de descanso, assim como demais colegas, sem intervalos. 

Conforme publicação do Diário Oficial, a comissão será formada por  três servidores que deverão ouvir todos funcionários, fixos e plantonistas, da Unidade de Pronto Atendimento do bairro Universitário, onde Francis trabalhava. O prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias, contados a partir desta terça-feira (26). 

O caso também está sendo investigado pela 6ª Delegacia de Polícia da capital. Os familiares e colegas de trabalho de Francis já foram intimados a depor. O delegado responsável pelo caso é Edmilson José Holler.