03 de maio de 2024
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André ignora ruptura de partido, e defende unidade entre correligionários do PMDB

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Demonstrando forte posicionamento para defender a unidade do PMDB, o ex-governador André Puccinelli  afirmou hoje (22) categoricamente  que o partido está fortalecido, e que a polêmica acerca das investigações da Operação Lama Asfaltica, envolvendo vereadores da legenda e o empresário João Amorim, sobre possível esquema de propina para derrubar o ex-prefeito ( cassado) Alcides Bernal (PP), não irá inviabilizar a candidatura própria da sigla em 2016.

Puccinelli reiterou que não colocará o nome a disposição para concorrer o pleito do ano que vem, porém, deixou claro que irá agir nos bastidores para que o partido retome o rumo para conquistar a prefeitura da Capital. “O candidato ou candidata que concorrer, o André vai na rua  pedir voto. Não abandono o barco, vou distribuir panfletos, fazer bandeirada”, disse.

Como forma de minimizar as duras critica e insatisfações que o deputado estadual Marquinhos Trad tem alardeado à imprensa, o “líder maior” relevou o fato de o deputado poder sair como pré-candidato pelo PMDB sem a sua participação direta. “Ele ainda continua no partido”, disse ressaltando que caso “Marquinhos  Trad se candidate e se achar que eu atrapalho eu não saio do lado dele”, disparou.

Pesquisa interna realizada por dirigentes do partido no mês de julho,apontou  Marquinhos  como o melhor colocado para comandar o executivo municipal. Porém, o representante do clã Trad, na semana posterior ao resultado dos dados não oficiais afirmou o seu desinteresse em continuar na legenda. “Eu tenho três caminhos, o primeiro seria a janela [que pode ser aprovada na reforma política e permite troca de partido sem perda de mandato], o segundo a criação de um partido novo como o PL ou o Rede. O terceiro seria o ingresso de uma ação declaratória”, afirmou recentemente ao MS Noticias sobre sua desfiliação do PMDB. 

O desconforto entre Marquinhos e André Puccinelli se arrasta desde 2012, quando o partido optou pelo nome do ex-deputado federal e ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto [atual presidente do PR], para concorrer à Prefeitura da Capital.  Na época, Marquinhos Trad havia manifestado uma possível candidatura, e foi preterido em função de pesquisa interna realizada pela sigla.