Nesta 3ª feira (17.ago.2021), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Pandemia) ouve o auditor do Tribunal de Contas da União, Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, criador do documento citado por Jair Bolsonaro, que afirma que 50% das mortes por Covid-19, em 2020, tiveram outras causas, segundo a Agência Senado.
Em 07 de junho de 2021, durante encontro com apoiadores no "cercadinho", o presidente citou o documento como um balanço oficial do TCU. "Ali, o relatório final não é conclusivo, mas em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado, não foram por Covid, segundo o Tribunal de Contas da União", disse Jair na oportunidade.
Por meio de nota, o Tribunal se manifestou, negando responsabilidade sobre o documento, com a presidente do TCU, Ana Arraes, abrindo processo administrativo disciplinar para apurar conduta do servidor, determinando o afastamento preventivo de Alexandre, por 60 dias.
Nos trabalhos da CPI, os senadores tiveram acesso ao depoimento prestado por Alexandre ao próprio TCU, em que o auditor presume que a presidência da República tenha adulterado um documento que, em sua finalidade original, acusa governadores e prefeitos de superestimarem as mortes por covid.
Conforme revelou o repórter Vinicius Assane, a oitiva de 43 minutos foi compartilhada com a Comissão Parlamentar após serem obtidas pela Folha de S.Paulo e seu teor divulgado pela TV Globo, na última 6ª feira (13.ago.2021).
Alexandre Marques disse ao TCU que repassou o documento ao pai, que também foi responsável por encaminhá-lo ao presidente da República no mesmo dia. O auditor classificou o texto como "duas páginas escritas em Word, sem data, sem timbre do TCU, sem assinatura".








