Acontece hoje (03.ago.2021) a primeira reunião da CPI da Pandemia após o recesso parlamentar, que ouve o reverendo Amilton Gomes de Paula, além de votar requerimentos para quebras de sigilo e novas convocação que devem pautar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito até novembro.
De acordo com a Agência Senado, Amilton é apontado por representantes da Davati Medical Supply como um "intermediador" entre o governo federal e empresas que ofertavam vacinas. Em Julho, o Jornal Nacional mostrou e-mails que autorizavam, através do diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Cruz, que o reverendo comprasse 400 milhõs de doses de vacina contra a Covid-19, através da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah).
Logo no início da sessão, um equívoco foi esclarecido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, sobre a apresentação de pedido de transferência de sigilo da emissora de rádio Jovem Pan, segundo informações da Agência Senado.
Ainda assim, o senador da classe governista, Marcos Rogério (DEM) se posicionou duramente contra, mesmo após o requerimento ter sido retirado da ordem do dia. Após discussão sobre liberdade de expressão e violência à imprensa, levantado por Marcos Rogérios, demais senadores lembraram episódios de claros insultos por parte de Jair Bolsonaro à profissionais de imprensa.
AGENDA DA CPI
Amanhã (04.ago.2021), o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, que já foi citado por diversas vezes em depoimentos à CPI, será ouvido pelo colegiado.
Marcelo Blanco seria o militar que participou de jantar em restaurante em Brasília, onde supostamente foi feita a proposta de pagamento de propina de 1 dólar por dose, na comercialização de doses da vacina AstraZeneca.
Já na 5ª feira (05.ago.2021), a CPI da Pandemia tem em sua agenda o depoimento do empresário Airton Antonio Soligo, conhecido como "Airton Cascavel". Ele teria atuado de maneira informal durante meses no Ministério da Saúde, sem ter qualquer vínculo com o setor público.
O período que Airton Cascavel esteve junto ao Ministério da Saúde, corresponde à gestão de Eduardo Pazuello, momento que, segundo aponta o autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) "o Brasil presenciou o colapso dos sistemas de saúde pelo país, segundo informações da Agência Senado.








