19 de abril de 2024
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Apesar da “pressão” maciça de lideranças, Puccinelli reitera que não disputa em 2016

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O ex-governador e ex-prefeito de Campo Grande, André Puccinelli , garantiu que não cede ao apelo  de diversas lideranças do partido – inclusive as nacionais, como o vice-presidente da Republica, Miuchel Temmer – para candidatar-se à sucessão campo-grandense em 2016. “Não está nos meus planos, eu já disse isso. É generosidade dos companheiros quando mencionam o meu nome, um reconhecimento, talvez, ao que eu possa ter feito pela cidade, pelo Estado e pelo partido. Mas não sou nem candidato e nem pré-candidato”, afirmou.

?Ele chegou há pouco, ao lado da mulher, Beth, para votar na Convenção que mantém o deputado estadual Júnior Mochi na presidência do Diretório Regional e a vereadora Carla Stephanini no comando do PMDB Mulher de Mato Grosso do Sul. Bem humorado, não deixou de cumprimentar uma a uma das pessoas que se aglomeraram na entrada da sede partidária para receber o casal. Um pouco antes haviam chegado dois dos nomes do leque de opções para a disputa sucessória na capital, o  senador Waldemir Moka e o deputado federal Carlos Marun. Ambos frisaram não ser este o momento de definir ou especular nomes, mas avisaram que as determinações do partido serão obedecidas.

“Pressão amiga” – De dezenas de prefeitos e ex-prefeitos que votam como delegados na Convenção do PMDB ouvidos pela reportagem do MSNotícias, só Maurílio Azambuja, atual administrador de Maracaju, não fez referência direta sobre a necessidade de Puccinelli ser candidato a prefeito e retornar à política para dar ao PMDB a expectativa de revitalização política e recuperar a hegemonia nos municípios onde perdeu a eleição em 2012. “O André Puccinelli é um dos nomes indiscutíveis para qualquer disputa, mas ele já demonstrou que não está predisposto a disputar a Prefeitura”, considerou.

Para Daltro Fiúza, que governou Sidrolândia quatro vezes e é um dos pré-candidatos em 2016, a candidatura de Puccinelli a prefeito da capital passou a constituir imposição lógica e natural do PMDB. “Eu entendo que com ele no palanque a coisa melhora muito, decide”, definiu. O prefeito Dalton Lima, de Corguinho, município a 100km de Campo Grande, não tem dúvidas sobre a importância estratégica de Puccinelli para o futuro do PMDB. “Até para nós, que somos prefeitos do interior e estamos próximos da capital, a distância geográfica aumenta as dificuldades quando há distância política”, comparou. “Se nós, do interior, precisamos dele, imaginem o quanto precisa o povo da capital depois de todo o desconforto que está vivendo nos últimos anos”, completou.

Os prefeitos Sérgio Barbosa (Amambai), Jun Iti Ada (Bodoquena), e o ex-prefeito Zé de Oliveira (Rio Verde) também fazem coro ao apelo interiorano pelo retorno de Puccinelli. “Fui prefeito quatro vezes e nunca vi nenhuma liderança ser tão fundamental para restabeleceras plenas capacidades de um partido. O André Puccinelli tem que voltar, sobretudo para quem acha que prefeito não pode ficar na oposição. Ele é municipalista”, enfatizou Zé de Oliveira.