29 de março de 2024
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Para Zé Teixeira, conflito por terras só pode ser resolvido pela justiça

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O deputado estadual, Zé Teixeira (DEM), tem afirmado nos últimos meses que o único poder responsável hoje no Brasil, e que pode resolver os conflitos por terras entre os índios e produtores rurais é a justiça. “A situação não se resolve mais na política, mas sim no judiciário. Os produtores rurais devem questionar a justiça”.

O deputado já foi a Brasília diversas vezes para tentar entrar em acordo com Gilberto Carvalho, ministro-chefe da secretaria geral da Presidência da República, com a ministra da casa civil, Gleisi Hoffmann e com o ministro da justiça José Eduardo Cardozo em relação ao caso da fazenda Buriti, localizada em Sidrolândia – distante 70 quilômetros de Campo Grande – e demais situações, porém, até o momento nada foi feito.

“Não vou mais perder tempo de ir a Brasilia. Já conversei com cinco ministros, é tudo mentira”, disse o deputado referindo-se a demora nas resoluções. Zé Lembrou também que o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro também já foi ministro e não se moveu para tentar amenizar os problemas entre os produtores e índios. “Ele está provando do próprio veneno agora que é governador, porque os índios estão invadindo lá também, e não há nenhuma solução”.

Zé Teixeira insinua que o Brasil é um país que está fora de ordem. Para o deputado, a Funai (Fundação Nacional do Índio) não deveria fazer as avaliações das propriedades, até porque, o preço que ela impõe não é justo, é apenas uma avaliação parcial. O deputado tem uma propriedade em Caarapó – distante 273 quilômetros da Capital – que está ocupada desde 2000.

Já a advogada e também produtora rual, Luana Ruiz Silva, afirma que Sidrolândia não é terra indígena, porque a justiça afastou a posse tradicional indígena em que a constituição garante aos índios o direito à terra e no entorno de toda a área, das quais, um dia eles supostamente "perambularam".

Luana afirma que nenhum produtor rural irá aceitar o confisco de suas propriedades, pois, não é justo que cidadãos brasileiros índios, ocupem propriedades fazendo uma pseudo-justiça com as próprias mãos.

Tayná Biazus