07 de dezembro de 2025
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PATRIOTISMO?

Eduardo Bolsonaro vai a Washington pedir mais sanções contra o Brasil

Reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cancelada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo participam nesta 4ªfeira (13.ago.25) de reuniões em Washington com integrantes do governo de Donald Trump. A pauta inclui a situação política do Brasil e possíveis novas sanções contra autoridades brasileiras.

O encontro coincide com a data em que o governo dos EUA teria compromisso com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No entanto, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, cancelou o encontro que estava previsto para esta tarde.

Eduardo Bolsonaro e Figueiredo prepararam relatórios detalhados sobre a conjuntura política brasileira. Os documentos abordam os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

As análises contemplam o Congresso e o Supremo, com foco nas posições dos presidentes das Casas e dos ministros da Corte. A dupla defende a aprovação da anistia na Câmara e abertura de impeachment no Senado contra Moraes, medidas ainda não avançadas.

Os relatórios também registram acontecimentos recentes, como a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pesquisas de opinião e projeções sobre os próximos meses estão incluídas, junto de propostas de ações a serem adotadas pelos EUA em relação ao Brasil.

Um dos temas do encontro é se o Tesouro norte-americano deve esclarecer o alcance da Magnitsky. A dúvida é se o bloqueio bancário atingiria apenas transações internacionais ou também operações feitas no Brasil por bancos ligados aos EUA.

A Lei Magnitsky, destinada a punir violações graves de direitos humanos, nunca gerou debate tão amplo quanto no caso de Moraes. Há ainda discussões sobre estender a sanção à advogada Viviane Barci, esposa do ministro, por sua atuação nos EUA.

Outros ministros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, também aparecem como possíveis alvos. O levantamento sugere que imóveis no exterior poderiam ser usados como forma de pressão em processos ligados aos atos de 8 de Janeiro.

Desde março, Eduardo Bolsonaro já articulava nos EUA a análise de ministros e familiares para possíveis sanções. A atuação inclui monitoramento de riscos e impactos sobre decisões políticas no Brasil.

Paulo Figueiredo, ex-sócio de Donald Trump em empreendimento no Rio, tem facilitado o acesso de Eduardo Bolsonaro a gabinetes em Washington. Entre os interlocutores estão o secretário de Estado Marco Rubio e conselheiros próximos a Trump, como Jason Miller e Steve Bannon.