Hoje pela manhã por volta das 10h, o proprietário da empresa Jágas, Elton Luiz Crestani, prestou depoimento na oitiva realizada pela Comissão Processante que pretende cassar o prefeito Alcides Bernal. Para os vereadores houve irregularidades na prestação de serviço da empresa com a Prefeitura.
De acordo com o relator Flávio Cézar (PT do B) no início do pregão emergencial a empresa cobrava por um botijão de 13 kg por RS24, 00 e por um botijão de 43 kg por RS127, 00, mas quando começou a atuar com a Prefeitura elevou esse valor que já era alto em relação à empresa Nick Gás que atuava no começo do pregão.
O proprietário da Jagás, Elton Crestani, aparentou estar muito nervoso e entrou em contradições em algumas perguntas realizadas pelos vereadores.
Segundo o proprietário não houve nenhuma irregularidade na prestação de serviços. “Eu não sabia da cotação dos outras empresas quanto comecei a prestar o serviço. Atuamos a dez anos no mercado e nunca alteramos nosso contrato”, afirma Elton.
Questionado por um dos vereadores sobre o endereço de sua empresa, Elton Crestani, não soube responder e argumentou que não se lembrava, pois possuía vários estabelecimentos. Ele também não soube responder qual foi o número exato de botijões que disponibilizou para a Prefeitura.
Sobre a equipe de reportagem que encontrou o estabelecimento vazia num certo dia, Elton Crestani afirmou que naquele local não haviam funcionários e botijões pois os mesmos ficam num outro local seguro respeitando uma das regras da agência do petróleo.
Segundo o vereador Elizeu Dionízio (PSL), tudo o que o proprietário disse foi “mentira”. “Tudo o que ele falou foi mentira, eu nunca vi uma pessoa quebrar um contrato por telefone como ele disse. Daqui uns dias irão contratar e descontratar empresas pelo facebook também”, ironiza Elizeu.
Para o relator Flávio Cézar o depoimento das testemunhas será fundamental para a elucidação do processo. “Nós proporcionamos às testemunhas o direito de se defenderem. Cada parte desse processo é fundamental, desta maneira podemos comprovar o que já foi investigado anteriormente”, conclui Flávio.
Entenda o caso - A empresa Jagás participou do pregão emergencial que pretendia contratar uma distribuidora de gás para o fornecimento em Campo Grande. Mas a ganhadora foi a empresa Nick Gás que vendia um botijão de 13 kg por R$31,00 e o botijão de 45 kg por RS107, 00, ou seja, valor mais barato que o que o mercado propõe.
As outras empresas que participaram do processo entraram com um recurso, argumentando justamente o valor menor da empresa contratada. Desta maneira foi colocada no lugar da Nick Gás, a empresa Jagás. Uma das cláusulas do pregão presencial prevê que nesse caso entrasse uma empresa diferente que atuasse por noventa dias.
Até aí tudo bem, mas o problema encontrado pela Comissão foi devido ao valor superior que a empresa Jagás apresentou quanto assumiu a distribuição.
Autor: Alan Diógenes