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13 de outubro de 2024
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"Mensalinho"

Vereadora diz que quebra de sigilo foi para "intimidar testemunhas"

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A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) considerou “grave” vazamento do vídeo que registrou seu depoimento ao MPE (Ministério Público Estadual) e disse que quebra de sigilo além de crime é tentativa de “intimidar futuras testemunhas”.

 “O MPE já abriu procedimento para investigar quebra de sigilo. Essa força tarefa é trabalho conduzido por sete promotores, e esse processo não chegou ainda ao momento de conclusão. Eu fui convocada a prestar depoimento como testemunha e meu depoimento nunca poderia ter sido politizado como foi. Isso promove um sentido de intimidar testemunhas de irem depor ao MPE. Entendo isso como mecanismo de constranger testemunhas e impedir que outras pessoas façam outros depoimentos.”

?Luiza declarou em depoimento à Força Tarefa do MPE que investiga contratos com empreiteiras para execução de serviços de “tapa-buraco” em Campo Grande, que alguns vereadores, supostamente, recebiam “mensalinho” desde gestão de André Puccinelli (PMDB), porém, admitiu não ter provas. Embora não comente conteúdo das declarações, a vereadora acredita que vazamento das informações possa prejudicar trabalho de investigação do MPE.

“Quem entregou isso aos órgãos de imprensa poderá ser investigado no sentido que isso foi para atrapalhar trabalho do MPE. Isso é muito grave, pois prejudica outras investigações do MPE e das polícias. Quem que hoje vai ser testemunha que tenha conhecimento do que aconteceu, se amanhã seu depoimento pode estar nos jornais”, questiona.

Luiza também evitou comentar declarações de colegas da Casa de Leis. Alguns parlamentares citados diretamente pela parlamentar como parte de um esquema para cassar Bernal rebateram vereadora pedindo provas e até acusando-a de interesses políticos. “Não comento as observações feitas pelos colegas, eu não vou tratar da investigação que está sendo tratada pelo MPE. Câmara não é ambiente desta investigação que trata de contratos que têm na liderança João Amorim”.

Amorim é um dos investigados na Operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apura possível compra de votos para cassar prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), em 2014. O empresário também é alvo da Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal que investiga irregularidades em licitações no âmbito estadual e municipal.