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13 de outubro de 2024
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Vereadores lembram motivos que cassaram Bernal, após bloqueio de bens imposto pela Justiça

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Após a Justiça Federal determinar o bloqueio de bens e das contas bancárias do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) por contratação emergencial da empresa Salute no fornecimento de merendas, o assunto foi motivo de debate na Câmara dos Vereadores desta quinta-feira (29). 

Mesmo não sendo da base de Bernal, apesar de ser no início de seu “novo mandato” um forte candidato, o vereador Alex do PT criticou a situação e defendeu o prefeito justificando que "não há base jurídica para um novo pedido de afastamento. A bancada do PT votará contra a representação do MPF, por um novo afastamento de Bernal, por improbidade administrativa", disse o parlamentar. 

O vereador Otávio Trad (PT do B) questionou a postura de Alex e lembrou que "na verdade, o prefeito foi reconduzido ao cargo sob liminar". Paulo Siufi (PMDB) lembrou os motivos pelo qual o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) foi cassado. “Vem à tona todas as irregularidades cometidas com relação ao prefeito. Nós cassamos seu mandato por várias situações e tivemos uma justificativa, não foi a toa”, destacou Siufi fazendo uma referência a investigação “Coffee Break” que apura suposto esquema de pagamento de propina para cassar o prefeito em 2014. 

Na manhã desta quinta-feira (29) em evento na UPA das Moreninhas, o prefeito Alcides Bernal afirmou que busca “paz” para trabalhar e administrar Campo Grande. “Nós temos uma boa relação com a Câmara, e precisamos de paz para trabalhar. Precisamos andar juntos, o executivo e o legislativo, Campo Grande não merece nenhuma guerra política, merece que façamos o nosso trabalho pelo interesse da cidade”, disse o prefeito. 

A contratação da Salute foi uma das denúncias que integraram CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote em 2013. Com base no relatório da CPI, os vereadores decidiram instaurar Comissão Processante que culminou na cassação de Bernal em março de 2014.