05 de maio de 2024
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CORRIDA PRESIDENCIAL

Viagens de Lula costuram suas alianças e fragmentam base de Bolsonaro

Por 12 dias, petista passou por seis estados do Nordeste e sai com apoio público de líderes locais de siglas como PP e PSD

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Ainda sem assumir-se como candidato à corrida presidencial em 2022, as visitas de Luiz Inácio Lula da Silva pelas regiões brasileiras costuram alianças para o petista e, de quebra, fragmentam ainda a base de seu possível adversário direto, o atual presidente Jair Bolsonaro.

Segundo agenda do ex-presidente, terminou ontem (26.ago.2021), a viagem de 12 dias de Lula por seis estados do Nordeste e de lá ele sai com apoio público de líderes locais de siglas como PP e PSD já no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022.

Em análise, a direção do PT (partido presidido por Gleisi Hoffmann) aponta que Lula cumpriu os objetivos da viagem, que seriam: retomar contatos com antigos aliados, refazer pontes e pavimentar apoios para 2022, seja no primeiro ou no segundo turno.

Em reportagem, a folha apontou que PSB e MDB foram as legendas que estiveram no centro das conversas políticas no Nordeste. Avanço também nas conversas com PSD e PP e tratativas com partidos como Cidadania, PV, Podemos e até mesmo com setores do PDT. 

"Nós não negaremos diálogo com nenhum partido político. Por isso eu tenho viajado. Já encontrei com muita gente que era oposição e que quer conversar", disse Lula em entrevista à imprensa em Salvador.

Ainda, No Piauí, Lula apontou um possível rompimento entre o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira e Bolsonaro, afirmando que este "casamento será mais curto do que se imagina". O ministro respondeu citando a fábula da raposa e as uvas: "Não devemos desprezar nem criticar as coisas que não conseguimos conquistar", segundo Agência Folhapress.

Parlamentares de oposição a Bolsonaro, no geral, se preocupam com o avanço da máquina federal nas pequenas cidades do interior. Ancorados em recursos de emendas, parlamentares de partidos como PP, PL, DEM e Republicanos começam a atrair o apoio de prefeitos. Junto disso, pode ainda sair o Auxílio Brasil -programa que substituirá e ampliará o Bolsa Família- e sobre qual será o seu impacto entre os eleitores mais vulneráveis.

Diante disso, Lula e apoiadores buscam formar um cinturão de aliados que inclua os nove governadores do Nordeste.