Com investimento e parceria, Campo Grande se tornará uma das 11 capitais brasileiras que terão um Centro de Referência Paralímpico Brasileiro. Aproveitando de estruturas físicas já existentes, serão dois polos na Cidade Morena para incentivar atletas e técnicos na prática de modalidades paradesportivas, desde a base até o alto rendimento.
Voltado para atletas não somente da Capital, mas também do interior, a iniciativa envolve o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte), em parceria e sob orientação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Com acordo de cooperação já assinado, as ações em conjunto seguem até 2024, sendo que as atividades já devem começar esse ano.
Tudo depende do cenário pandêmico. Antes de uma realidade pandêmica, paratletas de Mato Grosso do Sul seguiam seus caminhos no esporte, dando visibilidade para o Estado, na mira inclusive do Comitê Paralímpico Brasileiro. Em janeiro do ano passado, cinco atletas do Estado, por seus desempenhos na etapa nacional das Paralimpíadas Escolares, foram convocados pelo CPB para a 3ª edição do Camping Escolar Paralímpico.
Além da Capital, segundo o CPB, base de treinamento encontra-se em: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Uberlândia (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Blumenau (SC), Maringá (PR) e Brasília (DF).
“O esporte paralímpico é um dos nossos principais focos e terá um impulso técnico com esse suporte do CPB. Mato Grosso do Sul já é uma das referências a nível nacional e, agora, vamos passar a captar e potencializar ainda mais atletas com trabalho de categorias de base qualificadas até o alto rendimento”, afirma Marcelo Ferreira Miranda, que é diretor-presidente da Fundesporte.
UNIDADES
Movimentando pontos já existentes na cidade. Uma vistoria técnica, marcada para os dias 21 e 22 deste mês, deve ser realizada pelo supervisor de Centros de Referência do CPB, Filipe Lopes Barboza. Com isso, o Poliesportivo Vila Almeida receberá um polo para trabalhar, inicialmente, o parabadminton e goalball.
Enquanto o trabalho já desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pelo projeto de extensão “Incluir pelo Esporte” - da Coordenadoria de Cultura e Esporte (CCE/Proece), com cooperação da Fundesporte - será melhorado.
Essa unidade que, com supervisão de professores e acadêmicos do curso de Educação Física, já desenvolve com os atletas a bocha adaptada, paratletismo e paranatação, terá agora orientação técnica e o incremento de equipamentos e materiais.
Não só o esporte em sua forma mais pura será trabalhado nos polos, como também o estudo. Além do programa de treinamento esportivo e aprimoramento de profissionais, esses Centros trarão informações e dados de relevância para o avanço de pesquisas científicas nas áreas de Educação Física, Nutrição, Fisioterapia, Medicina e Psicologia. A produção científica será feita pela UFMS.
Mesmo que as unidades já tenham suas atividades, com o incentivo, no futuro novas modalidades devem ser incorporadas aos pólos, como confirma o diretor-executivo da Fundesporte, Silvio Lobo Filho.
“Queremos reforçar o trabalho que já vem sendo feito e implementar novas modalidades aos polos do Centro, com novos alunos. Vamos trazer pelo CPB técnicos avançados para trabalhar com uma gama de esportes paralímpicos e formar também novos profissionais que queiram se especializar neste segmento”, finaliza ele.
