14 de dezembro de 2025
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OPERAÇÃO PORTARE

Com braço no MS, servidores fraudaram licitação de R$ 25 milhões

PF mira esquema que desviou recursos no DSEI em Cuiabá (MT)

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A Polícia Federal deflagrou nesta 4ª feira (23.jul.25) a Operação Portare, que investiga irregularidades em contratos firmados com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Cuiabá (MT). A ação ocorre em sete cidades, incluindo Campo Grande, que foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão.

A operação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e também teve alvos em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis (MT), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Boa Vista (RR). Além das buscas, a Justiça Federal autorizou o sequestro de bens de 10 investigados, totalizando cerca de R$ 20 milhões. Dois servidores públicos foram afastados de seus cargos.

As investigações começaram a partir de denúncias anônimas sobre possíveis fraudes em contratos emergenciais de fornecimento de veículos para o DSEI-Cuiabá, firmados entre 2023 e 2024. A Polícia Federal apura indícios de superfaturamento, inexecução contratual, favorecimento a empresas específicas e acertos prévios entre agentes públicos e empresários.

O prejuízo estimado aos cofres públicos até o momento é de R$ 1,3 milhão, além do pagamento de vantagens indevidas a servidores. Segundo a PF, parte dos funcionários do DSEI teria recebido propina para beneficiar determinadas empresas nas contratações.

As investigações também apontaram suspeitas de novas irregularidades em uma licitação homologada em 2025, destinada à locação de veículos. O item principal do certame foi vencido com proposta de R$ 25 milhões, valor que agora é alvo de apuração por possíveis fraudes.