24 de maio de 2025
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ESTELIONATO

Com nome falso e promessa de venda, golpistas sumiam com produtos de lojistas

Suspeitas pegavam lingeries, roupas e semijoias no consignado, mas não pagavam

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A 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande deflagrou na manhã desta 4ª feira (16.abril.25) a Operação Ficta Persona, com foco no combate a crimes de estelionato e associação criminosa praticados por um grupo de mulheres que utilizava documentos falsos para enganar lojistas na capital.

As investigações duraram quatro meses e foram iniciadas após relatos de vítimas que relataram prejuízos significativos causados por supostas vendedoras em sistema de consignação. As suspeitas apresentavam documentações falsas para convencer comerciantes a entregarem mercadorias como semijoias e lingeries, que não eram pagas.

Com base nos indícios reunidos, a polícia identificou seis mulheres como integrantes da quadrilha e pediu a concessão de sete mandados de busca e apreensão, cumpridos hoje em residências ligadas às investigadas. Até o momento, oito lojistas já foram identificadas como vítimas, acumulando um prejuízo estimado de R$ 320 mil.

Durante as apurações, uma das investigadas, de 31 anos, foi presa em flagrante no dia 13 de março ao tentar aplicar um golpe semelhante. À polícia, ela confessou o uso de três documentos falsificados em diversas ações criminosas.

A operação contou com o apoio da 2ª DP, 6ª DP e do Grupo de Operações e Investigações (GOI), todos ligados ao Departamento de Polícia da Capital.

O nome da operação, “Ficta Persona”, faz referência à expressão em latim que significa “pessoa fictícia” ou “identidade simulada”, alusão à forma como as golpistas se passavam por outras pessoas para enganar comerciantes e obter vantagem ilícita. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.