Jovem de 26 anos e sua cunhada de 24 anos foram presos pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) suspeitos de estarem escondendo 260 quilos de dinamite e detonadores para um "chefão do crime" em Mato Grosso do Sul. A apreensão ocorreu nesta 4ª-feira (15.dez.2020) no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. Os explosívos estavam escondidos há 4 anos e segundo o delegado da Denar, poderia, se por ventura dentonados, ter levado o Bairro "pelos ares". "Ficaria só um buraco no lugar", disse o delegado Gustavo Ferraris.
O homem alegou à Denar que não ganharia nada para esconder os explosívos que foram achados embaixo da cama dele, onde o suspeito, sua esposa e dois filhos dormiam. "Ele guardava essa quantidade enorme de explosívos embaixo da cama e disse que não ganhou nada por isso, que apenas estava fazendo um favor para a cunhada, que é ex-mulher de um detendo", explicou o Delegado.
Jovem de 26 anos e sua cunhada de 24 anos foram presos pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) suspeitos de estarem escondendo 260 quilos de dinamite e detonadores para um "chefão do crime" em Mato Grosso do Sul. Veja em> https://t.co/jy1k2MDLex pic.twitter.com/bIlbn99hMi
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A cunhada, por sua vez, também alegou que não obteve lucro para esconder os explosívos, apenas estava seguindo um pedido do ex-companheiro.
De acordo com o delegado, essa foi a maior apreensão de explosivos da história do Mato Grosso do Sul.
A quantidade de explosivos, se por ventura viesse a explodir, poderia ter levado muitas quadras e vidas de pessoas que vivem no Bairro. "Se por ventura viesse a explodir, iria tudo pelos ares. Várias quadras daquele Bairro, assim como as vidas de pessoas que vivem lá", alertou o Delegado.
Além dos eplosívos, haviam no local dois rolos de cordel detonadores, assim como ao menos 1 'detonador' pronto para ser usado. "Não podemos afirmar que o grupo tem ligação com organizações de assalto à bancos nacional, mas nada pode ser descartado. A investigação apurou que o dono desse explosívo é um chefe do crime no Estado", revelou o Delegado.
A polícia chegou até o local após denúncias anônimas. Ao todo, foram encontradas 131 emulsões explosivas encartuchadas, mais conhecidas como ‘bananas de dinamite’ e dois rolos de cordel detonante, que estavam escondidos embaixo da cama.
ROUBO PARA O CRIME
Dois suspeitos armados teriam roubado a quantidade de explosivos da Pedreira São Luiz, na Rua Piraí no mesmo Bairro em que o explosívo estava escondido, em Campo Grande. O crime ocorreu em dezembro de 2016, desde então os explosívos estariam sendo mantidos escondidos.
Segundo o delegado, a Pedreira já notificada a apresentar a documentação para recolher os explosívos, que só serão devolvidos após perícia.
A Denar segue com as investigações com intenção de prender o "dono" dos explosívos, integrante de organização criminosa.