O ex-aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro, Alexandre Frota, deputado federal pelo PSDB de São Paulo declarou que vai entrar com pedido de impeachment de Bolsonaro. A justificativa de Frota é que o presidente estaria incitando a população contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Isso porquê, Jair Bolsonaro distribuiu pessoalmente, e via WhatsApp, um vídeo de edição dramática que relembra a facada que tomou em campanha para convocar uma manifestação contra o Congresso Nacional, no dia 15 de março.
O vídeo vem uma semana após o general Augusto Heleno, secretário do Gabinete de Segurança Institucional, ter sido flagrado por um microfone aberto do próprio Planalto defendendo uma convocação do tipo para pressionar os parlamentares. Também foi distribuída nas redes, embora apócrifa, uma terceira convocação — desta vez com as imagens, vestindo farda, de quatro generais palacianos incluindo Heleno e o vice-presidente, Hamilton Mourão. Tanto Heleno, qunato Mourão disseram nessa manhã (27), que não permitiram o uso de suas imagens.
Os generais foram ao Twitter desmentir esta convocação. “Estão usando meu nome indevidamente”, afirmou Heleno. “Não autorizei o uso de minha imagem por ninguém”, seguiu Mourão.Já Bolsonaro, não desmentiu nada. Preferiu não se manifestar. Mas houve repercussão.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia pediu que as autoridades deem o exemplo. “Criar tensão institucional não ajuda o país”.
O presidente do Supremo, Dias Toffoli também comentou o episódio. “O Brasil não pode conviver com um clima de disputa permanente”, afirmou.
O principal problema do presidente com o Parlamento é o Orçamento impositivo. E muitos deputados estão se divertindo em fazer circular o vídeo no qual o filho Zero Três elogia a ideia de transferir para o Legislativo algumas decisões de gastos públicos. “Quando Jair Bolsonaro era deputado federal, ele e eu já éramos favoráveis a esta falta”, ele afirmou há poucos meses, isso irritou bastante o presidente.
Bolsonaro preferiu o silêncio. Mas sua tropa no Twitter partiu para cima da jornalista Vera Magalhães, responsável por trazer à tona a informação de que o próprio presidente estava fazendo a convocação contra um dos Poderes. Informações pessoais da jornalista e falsificações grosseiras de diálogos em WhatsApp foram distribuídas. De forma a encobrir o que realmente é fato.
Fonte: Com Meio.