23 de abril de 2024
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Greve da Polícia Federal é suspensa em MS e no país

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A greve dos Policiais Federais, programada em todo o país, que teria início hoje e seguiria até sexta-feira foi suspensa. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) decidiu na noite de ontem, durante videoconferência entre os 27 sindicatos regionais. A Federação dará um voto de confiança à intervenção do Ministro interino da Casa Civil, Valdir Simão e do Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que estabeleceram um compromisso já agendado para solucionar a crise na Polícia Federal. A categoria decidiu pela greve, em resposta ao encaminhamento, pelo Governo Federal, da MPV 657/2014, que injustificadamente definiu melhorias apenas para os delegados federais. Um Deputado Federal, que não foi citado na nota encaminhada pela Federação, disse a um veículo de comunicação de grande circulação no país que “o Governo teve que editar uma MP à noite, porque sabia que hoje seria uma pancadaria. Botamos o governo de joelhos”. Algumas capitais já haviam iniciado as primeiras manifestações,  mas a intervenção de Berzoini e Simões foi considerada o início de uma solução política, que vai envolver vários ministérios na busca pelo justo reconhecimento profissional de todos os policiais federais. Os responsáveis pela crise institucional do órgão, conforme citado em nota, são o  Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o Diretor da PF, Leandro Daiello, são os grandes responsáveis pela crise institucional do órgão. Segundo a federação, a alta cúpula do governo federal demorou a perceber os efeitos da péssima gestão da Polícia Federal e seus impactos para os servidores e para a sociedade. A entidade afirma que a gestão da segurança pública tem sido desastrosa, e a personalidade forte de Cardozo tem sido o maior obstáculo para a modernização de um modelo burocrático e ineficiente de polícia fascista, herdado da época da ditadura. O presidente da Fenapef, Jones Borges Leal,  explica que a suspensão da greve mostra que o movimento sindical da Polícia Federal é apartidário e justo. “Só queremos trabalhar em paz e sermos reconhecidos pelo nosso esforço e dedicação. Estamos há quase seis anos com salários congelados e nossas atribuições são realizadas na informalidade, pois não temos uma Lei Orgânica que reconheça nossas atividades de inteligência, análise criminal e perícias”. Tayná Biazus