Joe Magnun Arce de Souza, de 34 anos, foi preso às 13h desta terça-feira (28.jun.22), próximo a uma conveniência na Rua Delfinópolis, no Parque Atlântico, em Campo Grande (MS). As informações constam no Boletim de ocorrência 2387/2022.
Foragido desde o dia 27 de maio, acusado de duplo homicídio, Joe foi preso por uma equipe do Grupo de Operações e Investigações (GOI) após denúncia anônima. Com o suspeito foi encontrado um revólver Taurus calibre 38, arma que teria sido usada no crime.
De acordo com a polícia, o suspeito estava escondido numa casa com piscina que pertence a sua prima Alessandra Apontes Arce.
Sabendo que Joe tinha um mandado de prisão em seu desfavor, a equipe do GOI o encaminhou à 5ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações.
ATENTADO
Joe é suspeito de executar o empresário, de 36 anos, em 27 de maio. Além disso, durante o atentado a tiros na Avenida das Bandeiras, no Jardim Nhanhá, a polícia diz que o atirador atingiu Adriano Medeiros Pereira, de 33 anos, um eletricista que passava pela avenida.
Mostramos um vídeo da execução aqui no MS Notícias. No dia do crime, um homem que a polícia diz ser Joe, chegou armado ao lava jato por volta das 6h40. Pelas costas, atirou em Tierre na calçada. Ferido, Tierre correu, mas foi perseguido e executado no meio do asfalto. Adriano seguia para o trabalho e acabou atingido por bala perdida. Adriano morreu a 60 metros do lava jato, na calçada. Tierre, foi alvejado com tiros na cabeça e morreu no meio do asfalto. O indivíduo do vídeo, a polícia afirma que é Joe Magnum.
INVESTIGAÇÕES
Foram 32 dias de investigação e o delegado Rodolfo Daltro, da 5ª DP, relatou que Tierre teria um relacionamento extraconjugal com a funcionária do lava jato, identificada como Nayara. Joe seria ex-marido de Nayara e ao descobrir que ela estava se relacionando com o patrão, teria cometido o ataque.
Inicialmente, a polícia ligou o crime a alguns cartões de agiotagem achados no carro de Tierre. Entretanto, a inteligência da investigação observou que Nayara conhecia o atirador, pois, ao notar o início do ataque filmado, ela pegou um pedaço de madeira para interceptar o atirador. “Vimos pelas imagens que a reação da mulher era de se chamar atenção. Primeiro ela sai com um pedaço de pau atrás dele [do suspeito], e isso você faz com alguém conhecido”, avaliou o delegado Rodolfo Daltro, da 5ª DP.
Ainda segundo o delegado, a gerente do lava jato chegou a negar que conhecia o autor, mas as características do assassino batiam com as do ex-companheiro dela, com quem tem uma filha. “Depois ela acabou confessando”.
A mulher chegou a dizer à polícia que, nos últimos dias, o ex estaria envolvido em discussões com a vítima, por ciúmes.