25 de abril de 2024
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9 PRESOS | 14 MANDADOS

Presos na "Viagem Santa" responderão por tráfico interestadual e mais 3 crimes

Operação investiga o grupo por supostamente ter usado o pretexto de utilizar viagens religiosas para traficar drogas de Mato Grosso do Sul para São Paulo

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As 9 pessoas presas na operação "Viagem Santa", deflagrada nesta 5ª-feira (21.jan.21) pela da Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul irão responder por tráfico interestadual de drogas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Outros 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Deodápolis e Dourados, na região sul do estado, foram cumpridos.

A Operação investiga o grupo por supostamente ter usado o pretexto de utilizar viagens religiosas para traficar drogas de Mato Grosso do Sul para São Paulo, em Aparecida do Norte.

Conforme a PF, uma denúncia anônima levou a PF a localizar o ônibus onde estavam escondidos o carregamento de drogas. A maioria dos passageiros religiosos que seguiam no veículo, de acordo com a PF, desconheciam que a droga era transportada. Segundo os investigadores, para camuflar o recurso obtido com a venda da droga, os suspeitos abriram empresas para lavar o dinheiro. 

Ao menos 86 agentes atuaram na operação, cumprindo 44 ordens judiciais da 2ª Vara Criminal de Dourados, entre eles ordem de sequestro e bloqueio de mais de R$ 10 milhões em bens móveis, imóveis da organização criminosa e de valores depositados em contas bancárias dos investigados, além de 12 ônibus avaliados em mais de R$ 11 milhões.

A operação teve início em 2019, após a PF, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreender mais de meia tonelada de cocaína escondida em um ônibus de turismo. Ao longo das investigações, houve mais duas apreensões com quase 400 kg de maconha, também em veículos de transporte de passageiros, todos com destino a cidade de São Paulo (SP).

Conforme a investigação, todas as empresas envolvidas nas apreensões são de Dourados e, na ocasião da apreensão, apenas os motoristas de tais veículos foram responsabilizados pelo transporte da droga. No entanto, a entrega do ilícito ocorria na capital paulista.

Para não chamar a atenção das autoridades, os empresários do esquema criaram uma história, em que o passageiro dizia estar "pagando uma promessa" e por isso tinha a viagem financiada até a cidade de Aparecida (SP), tendo pagas todas as despesas de transporte, alimentação e hospedagem.

FONTE: *Com informações da TV Morena.