24 de abril de 2024
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Ribas do Rio Pardo

MPE aciona Imol para realizar necrópsia após morte de menina de 1 ano

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O Ministério Público Estadual (MPE) do município de Ribas do Rio Pardo acionou esta semana o  Instituto de Medicina de Odontologia Legal (Imol), em Campo Grande para liberar a realização da necropsia de uma bebê de 1 e três meses, falecida no último domingo (29) à noite no Hospital 19 de Março.

O MPE se manifestou após ter sido acionado pela Associação de Vítimas de Erros Médicos que foi procurado por Cristielen Silva França, 28 anos, após ter pedido a filha no hospital. Segundo relatos da mãe, a criança apresentou falta de apetite e na segunda-feira (23) foi levada ao hospital do município para fazer exame e foi constatado que a bebê estava com princípio de pneumonia. “O médico medicamento e liberou a minha filha”, conta.

Depois disso, a mãe conta que menina não melhorou e na terça-feira (24) mãe e filha voltaram ao hospital, por volta das 11h30. Segundo Cristielen França, o médico que atendeu a filha informou que a começou a passar mal após a medicação.

Após exame, foi constatado que a bebê estava com princípio de pneumonia. Segundo da mãe, a criança recebeu medicação, porém, conforme  Cristielen o medicamento surtiu efeito contrário. “ No começo da noite o caso agravou. Ela começou a passar mal, vomitou algumas vezes. E depois ficou bem mole. Três horas depois de ter tomado o medicamento  o médico mandou internar”, relata. De acordo com a mãe, a criança não foi atendida por um pediatra, mas por um clínico geral. Conforme relato da mãe, o pediatra chegou após internação da filha. “ O pediatra cogitou  que ela fosse  para Campo Grande, mas não deu tempo. Ela faleceu” .

A criança morreu na noite de domingo, por volta das 19h30. De acordo com atestado de óbito, a causa da morte seria meningite. “Ribas não faz exame de meningite. O médico disse que evolução do quadro foi rápido por isso ocasionou meningite. A minha filha tinha todas as vacinas completas”, disse Cristielen Silva França. Segundo ela, só existe um pediatra na cidade que atende em um posto de saúde. No momento em que a filha foi para hospital, não havia pediatra. “Demorou muito para internar, das 11h às 19h30. A única coisa que queremos é saber o que aconteceu com minha filha”, disse.   

Ofício

De acordo com presidente da Associação de Vítimas de Erro Médico, Valdemar Moraes de Souza, a promotoria  já encaminhou  ofício nº 995/2015 ao Imol, solicitando o início do procedimento. Porém, o Imol informou que até o momento não recebeu o documento. Os familiares disseram que irão esperar esta semana  para recorrer à Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente ( DPCA) para tentar pressionar o Imol.