A Polícia Federal deflagrou nesta 3ª feira (12.ago.25) a operação “Rastro Cirúrgico”, para combater crimes de peculato, desvio de recursos públicos, fraude em licitações e contratos administrativos envolvendo verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro, arresto e bloqueio de bens no valor de R$ 5 milhões para cada pessoa física e jurídica investigada. Também houve afastamento de funções públicas e proibição de contratar com o poder público em qualquer esfera de governo. Entre os afastados está o atual secretário municipal de Saúde do município de Selvíria, Edgar Barbosa dos Santos.
Durante a operação, foram apreendidos veículos, armas, motocicletas de alto valor e pedras preciosas. Todas as medidas foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, após representação conjunta da PF, do Ministério Público Federal e do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. A atuação do TRF-3 ocorreu devido à presença de investigado com foro privilegiado.
Das ordens judiciais, 6 mandados foram cumpridos em Selvíria, 3 em Aparecida do Taboado e 4 em São José do Rio Preto (SP).
A investigação teve início após denúncias de irregularidades no Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Selvíria. A PF identificou indícios de inexecução contratual, superfaturamento e sobrepreço em atas de registro de preços e contratos administrativos, além de múltiplos contratos com objetos idênticos, vigência simultânea e mesmas partes, gerando pagamentos duplicados pelo mesmo serviço. Também foi constatada a contratação de clínica médica inexistente.
O nome da operação faz referência à ausência de vestígios que procedimentos cirúrgicos deveriam deixar, como prontuários e uso de “sala suja” hospitalar, mas que não foram encontrados devido à reiterada inexecução contratual constatada por auditorias e inspeções.











