Gabriel Sater, filho do violeiro Almir Sater, é de Mato Grosso do Sul e irá estrear na nova novela das seis 'Meu Pedacinho de Chão' da Rede Globo.
Esse será o primeiro trabalho como ator. Ele vai interpretar Viramundo, um violeiro cheio de charme, que zanzava pelo mundo até parar na Vila de Santa Fé, depois de conhecer Milita, vivida pela atriz e modelo Cíntia Dicker. “Feia, ela, né? Bem feinha. (risos) Se ela fosse chata, tudo bem, mas ainda é legal, carismática, talentosa. Uma pintura”, elogia Gabriel, brincando com a colega, presente na entrevista.
Viramundo vai aparecer soltando a voz em vários capítulos, especialmente para ganhar o coração da moça. “O Benedito já coloca as músicas em alguns capítulos. Eu fiz novos arranjos para esses clássicos, como, por exemplo, “Casinha branca”, que eu toco nos meus shows”, explica Gabriel, sobre a canção composta por Elpídio dos Santos. O músico é tão íntimo desse universo que, curiosamente, já tinha até gravado um DVD em homenagem ao compositor.
Inspirado no personagem, Gabriel até compôs uma música nova: “Eu estava conversando com o Luiz, sobre o amor do meu personagem pela Milita. Há muito tempo eu queria fazer uma música para ruiva. Todo lugar que você olha tem ruivas lindas. Ela se chama “Cabelos de Fogo”. É uma parceria com o Luiz Carlos Sá feita especialmente para a novela e está no meu disco, por sinal.”
Gabriel já está gravando a todo o vapor. “Tenho certeza que quando acabar a novela vou sentir uma saudade imensa. É um elenco tão unido, que teve uma preparação tão intensa, tão especial. Todo mundo que já tem uma experiência grande fala “olha, isso aqui é único”. E acaba concluindo: “Tudo o que é muito bom é muito rápido. E está voando.”
O músico pretende conciliar os shows com a carreira de ator, no futuro. “Sem dúvida. Me pegou de jeito, tomei uma lambada de serpente, como diria Djavan, que tô até agora meio tonto. Nunca imaginei que eu ia me apegar tanto. Quando eu entro na cidade cenográfica, eu me permito não ser mais eu. E isso é muito gostoso, nunca tinha vivenciado isso. É um pouco viciante”, confessa.
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