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08 de outubro de 2024
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MASCARITAS E PELOTA TATÁ

Documentário registra o protagonismo popular que preserva as raízes culturais de Brasil e Paraguai

Produção fascinante de Mara Silvestre mostra personagens e fatos da resistência dos Mascaritas, da Pelota Tatá e do Toro Candil

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Escolas de Campo Grande, Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta estão incluídas no programa de exibições do documentário “Os Mascaritas e Pelota Tatá”. Na Capital, o lançamento terá duas datas, a primeira nesta sexta-feira, 30, na Escola Municipal Dr Tertuliano Meireles, e a segunda em 02 de setembro, na Escola Municipal Gonçalves Gomes, nos períodos matutino e vespertino.

  Com financiamento da Lei Paulo Gustavo e apoio da Prefeitura de Campo Grande, Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (Sectur) e do Ministério da Cultura, o projeto tem criação, direção e roteiro de Mara Silvestre, da Água TV e Comunicação. Trata-se de um dos registros mais instigantes e reveladores da presença popular como efetiva mantenedora de uma tradição que identifica a alma e as vocações fronteiriças. 

Ao longo de uma rica história de convivência, os povos do Brasil e do Paraguai produziram uma variedade de manifestações populares que combinam elementos folclóricos, devocionais e artístico-culturais. Segundo explica Mara Silvestre, o documentário "Os Mascaritas e Pelota-Tata" é um registro da Festa do Toro Candil. De origem espanhola, a festa ocorre na região de fronteira, com destaque para as cidades de Campo Grande, onde está a segunda maior colônia paraguaia do Brasil, e Porto Murtinho.

Foto: Luiz IralaO Toro Candil, de chifres em fogo: expressão de resistência cultural | Foto: Luiz Irala

ELABORAÇÃO CUIDADOSA

Para realizar o projeto, a produtora teve o cuidado de ouvir algumas das fontes mais qualificadas no âmbito de conhecimentos regionais. Ela ainda documentou a força dos ambientes criativos, nos quais os moradores dos dois lados da fronteira produzem artesanalmente a incrível diversidade de alegorias e simbologias que ilustram as brincadeiras da Pelota Tatá, dos Mascaritas e do Toro Candil, além da devoção religiosa à imagem da santa.

“É um mergulho profundo e apaixonante na cultura única desta fronteira. Tradições ancestrais e celebrações folclóricas se encontram através dos tempos, ganham pelas mãos do povo novo fôlego”, enfatizou Mara Silvestre. O documentário é o primeiro trabalho a enquadrar, com o olhar sensível e revelador do cinema, uma das mais importantes marcas do poder popular da cultura como fator de integração humana no continente.

A diretora e roteirista Mara Silvestre: um olhar para a HistóriaA diretora e roteirista Mara Silvestre: um olhar para a História | Foto:  Fábia Bello

Em Campo Grande, a exibição está programada para a Vila Popular (Escola Municipal Frederico Soares) e Vila Pioneiros (Escola Municipal Plínio Mendes dos Santos, Escola Municipal Abel Freire de Aragão e Escola Municipal Domingos Gonçalves Gomes). A escolha destas escolas se dá porque estão nos bairros que concentram moradores paraguaios e descendentes. Campo Grande, o Portal da Rota Bioceânica, terá as cores, a música, a dança e os rituais que celebram a herança e a identidade nativas.   

O documentário é um olhar sensível sobre a Festa do Toro Candil, um folclore que encapsula a essência dessa região. O cunho de informação educativa é vigoroso entre os objetivos da produção, inclusive na escolha do mês para seu ponto de partida. Em agosto são comemorados o Dia Internacional do Povos Indígenas (09) e os dias nacionais do Folclore (22) e da Educação Infantil (25). São datas que servem de motivação extra, e das mais atraentes, para que os educadores e os estudantes aprimorem o conhecimento sobre a fartura de manifestações culturais do Estado e do continente em que vivem.