O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) priorizam cada vez mais o incentivo do uso e registro de produtos biológicos no Brasil. Estes produtos são específicos para o alvo biológico e não atua sobre os inimigos naturais da praga. – Temos hoje no Brasil quarenta e quatro produtos biológicos registrados e a nossa meta é chegar ao final de 2016 com pelo menos o dobro desta quantidade – afirma o coordenador geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Júlio Britto. Os produtos biológicos têm uma atenção especial por parte dos três órgãos e contribuem para um menor impacto ao meio ambiente e à saúde pública, além de possibilitar o uso em menor quantidade de produtos químicos na agricultura brasileira. A intenção é aprimorar as regras sem perder a garantia na qualidade e segurança na avaliação dos registros de produtos biológicos, no sentido de auxiliar o seu uso em qualquer cultura de ocorrência da praga em questão, acrescenta o fiscal federal agropecuário e chefe da Divisão de Registro de Agrotóxicos do Mapa, Carlos Ramos Venâncio. O registro de um produto biológico exige grande tempo de pesquisa e conhecimento do organismo que se deseja registrar para controle de pragas. A parte mais complexa são as formas de multiplicação em condições de laboratório para posterior dispersão na cultura agrícola. – Existe uma tendência de aumento no uso de produtos biológicos, uma vez que são produtos mais específicos e mais efetivos, além das melhores características de saúde e meio ambiente – afirma Carlos Venâncio. MAPA