23 de abril de 2024
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Riedel afirma que privatização da BR-163 veio em boa hora

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Foi arrematado ontem pela CPC (Companhia de Participações em Concessões , parte do grupo CCR), a concessão do trecho da BR 163. A empresa ofereceu uma proposta de tarifa 54,74% menor em relação ao teto fixado no edital, de R$ 0,0927, para cada 100 quilômetros rodados. O preço será de R$ 0,04381.

Para o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, independente dos números dos valores fixados, não pode ser visto como um preço elevado, caro é ter que pagar pelos prejuízos causados pela via má conservada e deficiente de infraestrutura. “Se o governo não privatizar não vai melhorar”, destaca.

A BR 163 é uma das principais vias de escoamento da produção de grão do centro-oeste e norte do Brasil. O trecho vai cortar o estado de Mato Grosso do Sul passando por 20 municípios, sendo instalados nove pedágios ao longo do trecho. A concessão será de 30 anos.

Almir Dalpasquale, presidente da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS) acredita que a privatização irá fazer com que haja mais agilidade no momento das viagens, nas condições das estradas, durabilidade das condições do veículo e economia da gasolina e na queda de acidentes nas estradas.

Também foi lembrado pelo presidente da Aprosoja que em torno de 70% da produção de grãos se concentra no sul do Estado, e no momento em que for levado até o Porto de Paranaguá, por exemplo, terão poucos pedágios no caminho e o tempo de viagem irá diminuir.

“A privatização veio em boa hora. O Brasil não aguenta mais filas de espera em portos, perdas nas estradas e a privatização é apenas o começo. O governo tem que manter este compromisso”, conclui Eduardo Riedel.

Tayná Biazus