27 de abril de 2024
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INTERNACIONAL

Cidadania italiana abre portas em vários países do mundo

O passaporte italiano é o quarto melhor do mundo e dá vantagens de acesso a inúmeros países pelo globo

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Viajar é uma meta para muitas pessoas, seja pelo simples prazer de desbravar novas culturas, conhecer novas pessoas e ter contato com experiências diferentes ou mesmo para estudar ou trabalhar.

Fato é que sair do Brasil e respirar outros ares é sempre uma possibilidade tentadora.

No entanto, é também uma tarefa bem burocrática e onerosa. Tirar passaporte e conseguir o visto de entrada nos países estrangeiros nem sempre é uma tarefa fácil. Mas pode ser.

Uma cidadania italiana, por exemplo, garante acesso facilitado em mais de 150 países. O passaporte italiano só não ocupa o posto de melhor do mundo porque países como Mongólia, Ruanda e Índia ainda exigem visto para visitantes italianos.

Mas, sem dúvida, está entre os melhores. Porque existem acordos diplomáticos entre as nações que tornam as relações mais estreitas e permite a livre circulação de pessoas entre eles.

DUPLA CIDADANIA

Para conseguir um passaporte italiano sem ter nascido naquele país é preciso conhecer o reconhecimento da dupla cidadania. Essa documentação é concedida a filhos, netos, bisnetos e toda a descendência de italianos, sem limite de geração.

A única exceção para o Jure Sanguinis (direito de sangue) é no caso de filhos estrangeiros de mãe italiana nascidos antes de 1948. A legislação não permite que esses descendentes tenham direito à dupla cidadania.

Além desses, também podem ter direito a essa documentação:

Filhos nascidos de união não matrimonial;

Reconhecimento de paternidade ou maternidade durante a minoridade do filho;

Adoção;

Casamento de mulheres com descendentes de italianos;

Filhos de italianos naturalizados brasileiros. Uma vez adquirida a dupla cidadania ela poderá ser passada de geração para geração.

AS VANTAGENS DE SER ÍTALO-BRASILEIRO

Uma vez considerado cidadão italiano, o brasileiro passa automaticamente a ter os mesmos direitos e deveres que qualquer um nascido na Itália. Isso significa que poderá circular por todo o velho continente sem a necessidade de apresentar qualquer documentação de autorização. O mesmo vale para outros países espalhados pelo globo como EUA, Canadá e Japão.

Além disso, o cidadão ítalo-brasileiro terá acesso à rede pública de ensino, ao sistema de saúde e às condições de trabalho comuns a qualquer nativo italiano. Ou seja, poderá concorrer a bolsas de estudo e cargos públicos ou políticos, poderá usufruir de auxílio-desemprego e aposentadoria desde que cumpra os requisitos necessários para a conquista desses benefícios.

Outra grande vantagem da dupla cidadania italiana para brasileiros é a possibilidade de utilizar toda a rede de suporte de Embaixadas e Autoridades Consulares italianas. Assim, poderá pedir socorro em país terceiro por meio de alguma representação consular italiana ou de outro Estado da União Europeia por conta das relações diplomáticas do bloco europeu.

Em contrapartida, uma vez italiano, o cidadão brasileiro terá de cumprir com alguns deveres cívicos, como votar em eleições. E as vantagens não param por aí.

QUALIDADE DE VIDA

Além de poder estudar, morar, comprar imóvel e trabalhar em condições mais justas, o cidadão ítalo-brasileiro poderá ter acesso à qualidade de vida europeia.

Apesar de todas as crises financeiras mundiais dos últimos tempos, a União Europeia tem o bem-estar de seus cidadãos como prioridade. Assim, há fácil acesso ao transporte público, distribuição igualitária da eletricidade e água potável em todas as residências.

E para garantir o bom nível de vida de sua população, o continente europeu investe em proteção do meio ambiente, infraestrutura de qualidade, aumento do emprego e diminuição da desigualdade social. Bem diferente do que acontece no Brasil.

COMÉRCIO JUSTO

Considerando o que foi dito acima, não fica difícil concluir que as relações comerciais e a carga tributária na Europa também são bem mais justas.

Mesmo com a incidência de impostos, os valores dos produtos, tanto os necessários ao dia a dia (alimentação, medicamentos) quanto aos supérfluos (celulares, roupas) são bem mais baratos do que os do Brasil.