Em reportagem do O Globo divulgada nesta terça-feira (24), o empresário Eike Batista fala sobre operações que fazia com JP Morgan, Goldman Sachs, BTG Pactual, ItaúBBA, Morgan Stanley e Credit Suisse. Esse foi o prato principal da delação, fechada ontem com a PGR depois de uma longa negociação.
De acordo com o texto, a colaboração de Eike morreria na praia se ele não falasse sobre as operações com valor total de US$ 1 bilhão que realizava com os bancos.
As irregularidades foram feitas feitas num longo período por meio de uma operação financeira conhecida no mercado por P-notes. Eike comprava e vendia no exterior ações do seu grupo sem se identificar. Assim, podia fraudar e manipular o mercado, utlizar-se de inside informations e outras irregularidades.
Segundo O Globo, ele não envolveu os presidentes destes seis bancos na delação. Contou aos procuradores apenas os nomes dos diretores que participavam, na outra ponta, das operações. O que não significa que os CEOs não possam sofrer consequências, pois a partir da homologação da delação é que as investigações sobre os ilícitos começarão.
Existe a suspeita, por parte dos procuradores, que executivos de Eike Batista tenham feito para si próprios as mesmas operações com as P-notes.