O Exército Brasileiro, por meio das Organizações Militares que compõem o Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados da 9ª Região Militar (SisFPC/9), enviou nota à imprensa nesta 2ª-feira (14.set.2020) onde informa que realizou de 31 de agosto a 11 de setembro, a Operação Hóplon. A atividade ocorreu em ambiente interagências e teve como finalidade fiscalizar empresas e pessoas físicas que tratam com Produtos Controlados pelo Exército (PCE).

Segundo a nota, a Operação Hóplon realizou 190 inspeções, empregando cerca de 75 fiscais militares do Exército Brasileiro, apoiados por integrantes dos Órgãos de Segurança de Ordem Pública. A ação compreendeu municípios dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Aragarças/GO, totalizando mais de 23.000 km rodados.

Cordões detonantes apreendidos. Foto: Divulgação/Exército

As fiscalizações resultaram na apreensão de 13.725kg de Anfo (é um explosivo produzido pela mistura de hidrocarbonetos líquidos, geralmente óleo diesel, por vezes querosene, com nitrato de amônio), 4.150m de cordel detonante (é um cordão flexível com um núcleo de material explosivo (PETN). Detona a uma velocidade aproximada de 7500 m/s), 2.370 unidades de iniciadores de fogo, 7 armas de pressão, cerca de 5.000 munições e ainda, realizou a autuação de 13 empresas por não estarem atendendo às legislações vigentes.

As atividades de fiscalização, realizadas ao longo do ano, visam, segundo explica a nota: "promover a adequação e a correção das empresas e pessoas físicas registradas junto ao Exército, quanto ao trato dos Produtos Controlados pelo Exército (PCE), coibindo os possíveis desvios para utilização em atividades ilícitas e colaborando, decisivamente, com o incremento da percepção da segurança pública", diz o texto.  

NOME DA OPERAÇÃO 

O hóplon era o um escudo (áspide) utilizado por soldados hoplitas. Não foi informado pelo Exército qual a relação do objeto com a operação. 

Não se sabe se os iniciadores de fogo apreendidos, os explosivos ou mesmo o cordão explosivo apreendido teria ligação com queimadas que ocorrem no MT e MS, ou mesmo se esses produtos podem ser usados para a prática.  

O MS Notícias tentou contato com a assessoria militar, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.