28 de março de 2024
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Proibição de visitas em presídios pode provocar "salve geral" na quinta-feira

Internos estariam insatisfeitos com medida adotada por conta do coronavírus

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Em razão da pandemia do coronavírus, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) anunciou ontem segunda-feira (16, março) a suspensão de visitas sociais por 15 dias nos presídios federais. A medida pode gerar o chamado “salve geral” nessa quinta-feira (19, março) em todo País, segundo informações preliminares.  

As informações enviadas ao MS Notícias, por meio de fonte que pediu sigilo, dão conta de que lideranças em presídios anunciaram que o “Salve”, que deve acontecer na quinta-feira. 

Até atendimentos de advogados e escoltas foram suspensos por cinco dias, exceto em casos de urgência ou que envolvam requisição judicial ou prazo processual não suspenso. A tensão dentro dos presídios aumentou com a medida. 

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) para saber se há é do conhecimento das autoridades sobre o suposto “Salve”, no entanto, devido a paralisação causada pelo vírus os telefonemas não foram atendidos. 

Segundo denúncia enviada ao site, a ordem e data do “Salve Geral” partiu dos presídios federais de Mossoró (RN), Brasília e Porto Velho (RO), onde estão lideranças da facção criminosa Primeiro Comando Capital (PCC).

Familiares de internos dizem estar apreensivos com mensagem enviadas à eles, que levantam a suspeita de rebelião orquestrada. 

HISTÓRICO 

Sexta-feira (12, maio) de 2006, São Paulo e o Brasil sofreu um "salve geral". Por meio de telefones celulares de dentro dos presídios, membros do PCC, orquestraram uma rebelião que atingiu 74 presídios, e executaram 373. Promoveram ataques que tiveram como alvo bases policiais e do Corpo de Bombeiros, tudo comandado de dentro dos presídios.