"No Mato Grosso do Sul, a seca extrema que vem assolando o Pantanal nos últimos anos permitiu que áreas antes protegidas pelas águas, fossem convertidas para o plantio de soja na planície", denuncia o instituto SOS Pantanal.
Diante disso, a ONG lançou um 'Baixo Assinado' para impedir o avanço das plantações sobre a maior planície do planeta. "São ainda poucas áreas onde a monocultura da soja está avançando no Pantanal, mas existe um potencial de aumento desta área nos próximos anos, colocando em risco o Pantanal como conhecemos hoje", explica a entidade.
"No estado vizinho, o Mato Grosso, a legislação proíbe o plantio de soja no Pantanal. O Mato Grosso do Sul deveria seguir o mesmo caminho", orienta a SOS.
"O Pantanal é um santuário da biodiversidade. Existem aqui pelo menos 4.700 espécies, sendo 3.500 espécies de plantas, 650 de aves, 124 de mamíferos, 80 de répteis, 60 de anfíbios e 260 espécies de peixes de água doce, algumas delas em risco de extinção. Não podemos permitir que esse equilíbrio seja abalado por uma atividade altamente destrutiva como plantios em larga escala", enumera.
"Alertamos para que o estado do Mato Grosso do Sul tome providências e discuta com a sociedade e especialistas o futuro da soja na planície. O Pantanal já enfrenta problemas demais para encarar mais essa ameaça", completa no site do Baixo Assinado, AQUI.
VEJA UM VÍDEO DA CAMPANHA:
A SOJA
A soja ocupa, atualmente, o topo do ranking de exportação de Mato Grosso do Sul, ultrapassando temporariamente a celulose. Os principais destinos da soja sul-mato-grossense são a China, Bangladesh, Tailândia, Argentina, Vietnam, Paquistão e Coreia do Sul.
As projeções apresentadas pelo secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) na tarde dessa sexta-feira (27.mai.22), na Showtec, a maior feira de agronegócios que aconteceu em Maracaju (MS). O contínuo crescimento e aceleração da prática e ocupação de territórios, segundo os números apresentados pelo Secretário, a próxima safra (2022/2023) deve ocupar 3,9 milhões/ha, na safra 2023/2024 passará para 4,10 milhões/ha, na safra seguinte (2024/2025) já deve chegar a 4,3 milhões/ha e na safra 2025/2026 atingir a marca de 4,5 milhões/ha.











