A Polícia Militar Ambiental (PMA) disse que capturou, na madrugada desta quinta-feira (24.abr.2025), uma onça-pintada macho, suspeita de ter atacado e matado o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, o Jorginho, na última segunda-feira (21.abr.25), em uma área próxima ao pesqueiro Touro Morto, no Pantanal.
A captura foi realizada com o apoio de um veterinário especialista em fauna silvestre e guias locais. O animal, que está sendo monitorado com controle de temperatura e frequência cardíaca, será encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde passará por avaliação clínica e comportamental.
De acordo com o pesquisador Gediendson Araújo, que participou da operação, o caso será analisado com base em exames e observações técnicas. “Vamos avaliar e tentar entender o que aconteceu”, afirmou.
Durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (23.abr.25), o secretário-executivo da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Artur Falcette, afirmou que ataques de onças a humanos são incomuns na região. “Estamos diante de um caso atípico. Esse comportamento não é característico da espécie. A captura é necessária para que se possa estudar o animal e compreender os fatores envolvidos no incidente”, declarou.

Câmeras de segurança instaladas na propriedade, além de imagens e vídeos registrados no entorno da sede, foram recolhidos e encaminhados para análise pericial. O material poderá ajudar a esclarecer as circunstâncias que antecederam o ataque.
Segundo o comandante da PMA, coronel José Carlos Rodrigues, uma das hipóteses em análise é a possível oferta de alimentos no local. “Há indícios da prática de ceva, usada para atrair animais silvestres. Além de configurar crime ambiental, essa ação pode interferir no comportamento natural da fauna”, disse.
A investigação segue em andamento e busca apurar todos os elementos relacionados ao caso, incluindo as possíveis causas do ataque e eventuais responsabilidades.











