24 de abril de 2024
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Prefeito convoca servidores cedidos e funcionamento do INCRA e Agenfa pode ficar comprometido

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Decreto do prefeito Ari Basso determina que todos os servidores municipais cedidos para atuar em repartições estaduais voltem as suas secretarias e órgãos municipais onde são concursados. Há aproximadamente 15 funcionários da Prefeitura cedidos para atuar na Ciretran, Agência Fazendária,  na Escola Catarina de Abreu, no Incra, na Delegacia de Policia  e em instituições como  APAE e no Hospital Elmiria Silvério Barbosa, que não são atingidas pela medida.

A situação mais complicada é da Agência Fazendária, onde só há um funcionário efetivo do fisco. Há quatro servidores da Prefeitura que fazem o trabalho administrativo é de apoio. Sem eles, o funcionamento da repartição praticamente se inviabiliza. Por conta disso, o prefeito decidiu dar um tempo para apresentação dos servidores até que o Governo resolva a situação.

Entre os funcionários cedidos atuando na Agenfa está o ex-presidente do Previlândia, Hatley José Matricardi Andreazza, que foi condenado pelo Tribunal de Contas a devolve R$ 259 mil aos cofres públicos, valor referente ao pagamento feito por uma consultoria jurídica. O contrato foi considerado irregular pelos conselheiros.

Mesmo alertado por lideranças do seu próprio partido, sobre os desdobramentos da medida, já inevitavelmente vai criar um mal estar com o Governo do Estado, o prefeito Ari Basso não recuou sob o argumento de que não faz sentido o município gastar com contratados e custear o salário de seus próprios funcionários para trabalhar nas repartições estaduais.

A Prefeitura tem funcionários cedidos pelo Governo, entre eles, o professor Marcio Marquetti, que deve ser nomeado para o Departamento de Planejamento. Também é do Estado, o secretário da Juventude, Esporte e Lazer, Clayton Ortega, policial papiloscopista.

Outro desdobramento da chamada dos cedidos é o fechamento do escritório do INCRA na cidade. Sem os quatro funcionários da Prefeitura, o escritório fecha porque o órgão federal não tem pessoal para suprimir o desfalque de servidores muncipais.  A unidade funciona desde março do ano passado e custa em média R$ 9 mil para o município, entre aluguel, contas de água, luz telefone e o salário do pessoal. O vereador Edivaldo dos Santos se reuniu na tarde desta quarta-feira para tentar convencer o prefeito a rever a medida

APAE e hospital

O decreto de convocação dos servidores cedidos não abrangerá os 10 funcionários a serviço da APAE e seis do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, inclusive a diretora geral, Vanda Cristina Camillo.

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