07 de dezembro de 2025
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FINANCIADOR DO MASSACRE

EUA 'investiu' 33 bilhões de dólares no genocídio de Israel contra a Palestina

Relatório da Universidade Brown revela impacto do apoio dos EUA ao genocídio de palestinos

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Um relatório divulgado pela Watson School of International and Public Affairs da Brown University (Escola Watson de Assuntos Internacionais e Públicos da Universidade Brown) escancara o papel central dos Estados Unidos no massacre de Israel ao povo palestino em Gaza. A íntegra

Segundo o estudo, os EUA destinaram ao menos 21,7 bilhões de dólares em ajuda militar direta a Israel desde outubro de 2023.

Além disso, entre 9,6 e 12 bilhões de dólares foram aplicados em operações relacionadas no Oriente Médio.

Somados, os gastos ultrapassam 33 bilhões de dólares ligados à atual escalada bélica na região.

O financiamento teria sustentado a ofensiva israelense, incluindo bombardeios, logística e reposição de armamentos.

As armas fornecidas incluem mísseis, bombas, rifles de assalto e kits de orientação de precisão.

De acordo com os pesquisadores, sem esse apoio, as Forças de Defesa de Israel não teriam capacidade de manter a campanha militar.

Um dos autores afirma que Israel depende de peças de reposição, mecânicos e munição fornecidos pelos EUA.

Apesar da oposição pública crescente, não há medidas em curso para suspender ou condicionar a ajuda militar americana.

Paralelamente, os impactos humanitários da guerra seguem aumentando em Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde local, 67.075 pessoas foram mortas até 3 de outubro de 2025.

Outras 169.430 ficaram feridas, totalizando mais de 236 mil vítimas entre os 2,2 milhões de habitantes de Gaza antes da guerra.

O deslocamento populacional em massa tem sido uma característica significativa da violência vivenciada em Gaza, Irã, Israel, Líbano e Cisjordânia desde 7 de outubro de 2023. O antropólogo David Vine (Independent Scholar) calcula que pelo menos 5,27 milhões de pessoas fugiram ou foram forçadas a deixar suas casas nesses locais (até o início de setembro de 2025). Esse total inclui cerca de 1,85 milhão de crianças deslocadas com menos de 18 anos. 

Os números indicam que mais de 10% da população foi diretamente afetada por ferimentos ou mortes.

Especialistas alertam que os dados podem ser subestimados, devido às dificuldades na contagem de vítimas em zonas de conflito.

Além das mortes diretas, há danos indiretos provocados pela destruição da infraestrutura civil.

Água, energia, saneamento, saúde, moradia e agricultura foram severamente afetados nos últimos dois anos.

Foto de Heidi Levine (30 de julho de 2025) mostrando uma vista aérea da destruição de Gaza, tirada durante um voo militar da Royal Jordanian para uma missão de ajuda humanitária.Foto de Heidi Levine (30 de julho de 2025) mostrando uma vista aérea da destruição de Gaza, tirada durante um voo militar da Royal Jordanian para uma missão de ajuda humanitária.

A cientista política Neta Crawford aponta que as condições de vida em Gaza se deterioraram a ponto de comprometer a sobrevivência a longo prazo.

Ela afirma que os danos vão além dos números imediatos, ameaçando o futuro da população restante.

O relatório cita que os envios de armas continuaram tanto sob o governo Trump quanto Biden.

Um novo pacote militar de 6 bilhões de dólares foi anunciado recentemente, estendendo o apoio para os próximos anos.

A Casa Branca ainda não comentou publicamente as conclusões do relatório.

O documento reacende o debate sobre a responsabilidade internacional em conflitos armados prolongados.

Grupos de direitos humanos e membros da ONU já classificaram a situação como possível genocídio.

A pressão sobre o Congresso dos EUA deve aumentar nas próximas semanas com base nesses dados.