07 de maio de 2024
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REVIVA

Obra da Rui Barbosa começa em março e foca na modernização tecnológica

Melhorias contemplam uma semaforização e iluminação inteligentes, além do aumento na cobertura do videomonitoramento

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Março marca o início das obras de revitalização da rua Rui Barbosa que, além de receber o plantio de mais de 500 mudas de espécies variadas no passeio público, ganhará também cabeamento de fibra ótica e pontos de wi-fi gratuito, permitindo que o acesso à internet viabilizado pela ação na rua 14 de julho, estenda-se até a via paralela.

“É uma continuidade do conceito de Cidade Inteligente implantado na Rua 14. A ampliação da rede municipal de dados proporcionará mais pontos de internet grátis ao cidadão, semaforização e iluminação inteligentes, além do aumento na cobertura do videomonitoramento. Isso facilitará a implantação de novos serviços digitais como os pontos de ônibus inteligentes, com wi-fi e itinerários em tempo real”, diz o diretor-presidente da Agetec Paulo, Fernando Garcia Cardoso

Números da Agetec revelam que, desde a implantação da rede nos 30 locais estratégicos da 14 – que vai Av. Mato Grosso até a Ricardo Brandão –, cerca de 205 mil cadastros e 460 mil acessos foram contabilizados. O acesso é garantido através de cadastro gratuito

Dois projetos preveem a modernização tecnológica da Capital, com desejo de colocar Campo Grande na classificação de "Cidade Inteligente", quando vários serviços estão conectados em uma rede de alta velocidade. Com esse foco são esperadas a contratação de dois projetos, um para execução e outro para monitoramento, com limite de até US$200 mil cada. As empresas que demonstraram interesse em integrar a ação de seleção já estão em fase de análise.

Nesse sentido, o primeiro traria a prestação de serviços de elaboração de projeto técnico e implantação, gestão e suporte de infraestrutura de dados via fibra óptica; enquanto o segundo seria responsável pela instalação de uma Central de Tecnologia, Inteligência e Monitoramento da Gestão Pública de Campo Grande.

Para cada pagamento desses contratos, a verba é vinda do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As seleções serão para atender o Programa Pró-Cidades, que conta com implantação e o desenvolvimento de soluções, além de ferramentas tecnológicas que melhorem a prestação de serviços públicos.

Em outubro de 2020, a Prefeitura Municipal assinou o contrato de R$27 milhões de financiamento com a Caixa Econômica Federal, uma operação de crédito na linha de financiamento Pró-Cidades na modalidade Modernização Tecnológica Urbana.

RESTANTE DA OBRA

Considerada o maior corredor de transporte coletivo de Campo Grande, atualmente a rua tem asfalto desgastado, meios-fios quebrados e falta de acessibilidade para quem transita pelo passeio.

Diferentemente do que foi feito na primeira rua revitalizada pelo Reviva, a 14 de Julho, a arborização da Rui Barbosa não será através de transplantação e, sim, por plantio de mudas. Segundo a consultora socioambiental do Reviva Campo Grande, Juliana Casadei, serão 500 mudas, sendo 46% delas árvores nativas do Estado.

 “O tempo de desenvolvimento e os efeitos ambientais, como sombra e conforto térmico, serão sentidos mais rápido, pois, o tempo de espera para que ela cresça no local é mais curto. A arborização é um ganho ambiental muito grande para a cidade, pois, ajudará a incrementar a paisagem onde há maior circulação de pessoas, além de proporcionar um ambiente com conforto térmico e acústico, e ser esteticamente agradável” explicou a consultora.

Segundo informações da Agência Municipal de Notícias, mais de 13 mil metros de calçadas padronizadas, em um trecho que vai desde região da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) até a Avenida Rachid Neder, totalizando sete quilômetros. Nas obras estão contempladas sete Estações de Embarque, com guard rails para segurança do usuário.

Mais recente, um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio MS (IPF-MS), em parceria com a Prefeitura, apontou que a modernização do centro foi fundamental para criar atrativos à clientela e recuperação do comércio, que migrava para as microrregiões do Anhanduizinho e Bandeira.